Fundação Padre Anchieta

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Divulgação Lygia Fagundes e o escritor Jorge Amado

Na semana em que Lygia Fagundes Telles completa 94 anos, a TV Cultura estreia o documentário Lygia, Uma Escritora Brasileira. Com depoimentos de personagens que pontuaram a história da escritora - como Jô Soares, Tati Bernardi e Ignácio de Loyola Brandão - e utilizando o vasto material de acervo da emissora, o filme leva ao telespectador características pouco conhecidas da autora, além de evidenciar a contemporaneidade de sua obra. A atração vai ao ar nesta sexta, dia 21, às 22h30.

Para desenhar a trajetória de Lygia, o documentário parte da seguinte premissa: o que faz com que uma escritora com mais de oitenta anos de atividade literária ainda seja contemporânea? Como suas obras estabelecem um diálogo com jovens gerações de blogueiros e ativistas ao mesmo tempo em que mergulham em uma São Paulo que já não existe mais? Esses conceitos embasam o filme que, sem esquecer dos momentos mais importantes da vida da autora, revela também suas facetas até então pouco conhecidas.

Para compor a narrativa, amigos e familiares dão seus depoimentos sobre a escritora. São entrevistados nomes como Tati Bernardi (escritora), Paulo Werneck (jornalista), Jô Soares (apresentador), José Renato Nalini (Secretário da Educação do Estado de São Paulo), Jorge da Cunha Lima (escritor), Paulo Bomfim (poeta), Manuel da Costa Pinto (crítico literário), Anna Maria Martins (escritora), Ignácio de Loyola Brandão (escritor), Jayme da Silva Telles (ex-cunhado de Lygia), José Fernando Martins (amigo de Lygia), Anna Verônica Mautner (psicanalista), Marcelino Freire (escritor), Walnice Nogueira Galvão (crítica literária), Isabella Lubrano (jornalista e blogueira), Maria Adelaide Amaral (dramaturga), Daniela Glamour Garcia (atriz), Lucia Telles (neta de Lygia) e Margarida Gorecki Zanelato (neta de Lygia). Além deles, a atriz Guta Ruiz recita alguns textos da autora ao longo do documentário.

Lygia, Uma Escritora Brasileira tem direção de Helio Goldsztejn.

Sobre Lygia Fagundes Telles

Ocupante da cadeira nº 16 da Academia Brasileira de Letras, Lygia Fagundes Telles nasceu em São Paulo, em 19 de abril de 1923. Formada pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo, manifestou ainda na adolescência a vocação para a literatura, sendo incentivada por seus maiores amigos, os escritores Carlos Drummond de Andrade e Erico Verissimo. Em 1954, lançou Ciranda de Pedra, romance considerado por ela o marco inicial de suas obras completas. Desde então, publicou diversos títulos, como Histórias do Desencontro (1958), Verão no Aquário (1963), Antes do Baile Verde (1970), As Meninas (1973), Seminário dos Ratos (1977), A Disciplina do Amor (1980), As Horas Nuas (1989), A Noite Escura e Mais Eu (1995), Invenção e Memória (2000) e Conspiração de Nuvens (2007).

Entre os reconhecimentos recebidos ao longo de sua carreira, destacam-se os prêmios Jabuti, APCA e Guimarães Rosa, além do Grande Prêmio Internacional Feminino para Contos Estrangeiros, da França. A consagração definitiva veio em 2005, com o Prêmio Camões pelo Conjunto da Obra, maior distinção em língua portuguesa. Lygia, considerada a grande dama da literatura brasileira, é também membro da Academia Paulista de Letras e conselheira da Fundação Padre Anchieta há 14 anos.