"Houve muito preconceito dentro da ciência", diz psiquiatra sobre estudos com drogas psicodélicas

O Opinião desta quinta-feira (17) discutiu o uso terapêutico e medicinal de drogas psicodélicas e da cannabis. O psiquiatra Luís Fernando Tófoli falou sobre a lentidão nas pesquisas acerca das substâncias.

"Por uma série de razões. Por terem caído dentro do contexto da contracultura, por dificuldades técnicas, por questões de [ser] difícil de fazer o que a gente chama tecnicamente de cegamento, fazer com que as pessoas não saibam exatamente o que elas estão tomando, o que é a base dos estudos atuais de qualquer coisa [...] Então, por uma série de razões, essas substâncias caíram em desuso", disse. 

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Tófoli reitera que o preconceito também foi um impeditivo para o desenvolvimento dos conhecimentos na área: "Nunca foi proibido fazer pesquisas com ela dos anos 70 para cá, mas houve muito preconceito dentro da ciência. Isso veio se quebrando, novamente, a partir dos anos 1990".

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Também participou da edição o jornalista e autor do livro “Psiconautas - viagens com a ciência psicodélica brasileira”, Marcelo Leite.

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