Um dia após o Brasil alcançar a marca de 500 mil mortes pela Covid-19, cariocas usaram a praia de Copacabana para homenagear as vítimas. Foram plantadas 500 rosas na areia para manifestar solidariedade e mostrar repúdio ao modo como a gestão federal e parte da sociedade têm tratado a pandemia desde o início da crise sanitária.
A ação foi realizada pela ONG Rio de Paz em parceria com o Departamento de Informações Públicas da ONU (Organização das Nações Unidas).
Pelas redes sociais, Antônio Carlos Costa, líder da Rio de Paz, afirmou que o comportamento do Presidente Jair Bolsonaro diante do número de mortes é “criminoso e execrável”.
“[Bolsonaro] participou de manifestações antidemocráticas que violaram todas as normas sanitárias. Desacreditou a campanha de vacinação em massa e desestimulou o uso de máscara. Aprofundou a crise econômica em razão da lentidão da campanha de vacinação em massa. Fez piada com a pandemia, jamais demonstrou compaixão pelas famílias enlutadas e chamou de maricas quem observou normas sanitárias a fim de evitar o risco de contaminação”, disse Costa.
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Além do presidente, ele também coloca parte da culpa desse recorde negativo em uma parcela da população. Segundo ele, os fanáticos que dão apoio político ao presidente disseminaram informações e se mantiveram calados diante das atitudes de Bolsonaro.
Dados da Covid-19 no Brasil
No último sábado (19), o Brasil registrou 2.301 óbitos pela Covid-19 e 82.288 infectados pela doença. Dessa maneira, o país acumula 500.800 mortes e 17.883.750 testes positivos desde o início da pandemia, em fevereiro de 2020. Dados coletados pelo Conselho de Nacional de Secretários de Saúde.
A marca de 500 mil mortos foi registrada apenas 50 dias depois de o país chegar à marca de 400 mil mortos e cerca de 15 meses após a confirmação da primeira morte pela doença.
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