O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) subiu 0,72% com relação ao mês anterior, maior variação para julho desde 2004, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (23).
Em 12 meses, o avanço do índice chegou a 8,59%, contra alta acumulada de 8,13% em junho e bem acima do teto da meta do governo para este ano –3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
O principal responsável pelo resultado do mês é o preço da energia elétrica (4,79%), que continua pesando para os brasileiros, já que a cobrança está na bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$9,492 a cada 100 kWh consumidos.
Também ficaram mais caros o preço do gás de botijão (3,89%) e do gás encanado (2,79%). Os combustíveis ficaram mais caros, mas em ritmo menor do que o registrado em junho. A alta foi de 0,38% frente a 3,69% no mês anterior e a gasolina teve alta de 0,5%, chegando a 40,32% nos últimos 12 meses.
Em contrapartida, o reajuste negativo para os planos de saúde individuais foi a principal influência negativa para o índice. O grupo Saúde e cuidados pessoais registrou queda de -0,24%, reflexo do reajuste de -8,19% autorizado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em 8 de julho.
Preço dos alimentos
O grupo de alimentação e bebidas ficou com taxa de 0,49%, puxado pela alimentação dentro de casa que passou de 0,15% em junho para 0,47% em julho.
Os produtos que ficaram mais caros foram: leite longa vida (4,09%), frango em pedaços (3,09%), carnes (1,74%) e pão francês (1,81%).
Já os que ficaram mais baratos foram cebola (-15,94%), batata-inglesa (-14,77%), frutas (-1,33%) e arroz (-1,14%).
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