O Instituto do Coração (Incor) de São Paulo enviou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um pedido para iniciar os testes em humanos do spray nasal contra Covid-19. Os primeiros resultados do spray se mostraram eficazes contra todas as variantes do vírus. 

A ação do spray nasal funciona a partir de uma nova proteína capaz de atravessar os cílios e o muco e chegar nas células nasais, onde já começa a produzir anticorpos e, portanto, prevenir contra a doença. Ainda, com a imunização iniciada no nariz, a Covid-19 fica impossibilitada de chegar ao pulmão. Testes também demonstraram que a resposta imunológica se espalha pelo corpo todo, protegendo também o coração. 

"O que nós buscamos é uma resposta no nariz para evitar infecção e, ao evitarmos a infecção, nós vamos evitar também a doença", apontou Jorge Kalil, diretor do Laboratório de Imunologia do Incor de São Paulo. "Com isso a gente termina com a pandemia, porque não há mais transmissão de vírus", completou. 

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O pedido da Incor à Anvisa solicita a liberação de testes em humanos, que devem ser realizados com 280 voluntários de 18 a 59 anos. A ideia é que os participantes recebam doses menores, maiores, duas doses ou placebo (substância que não produz efeito e é utilizada apenas para comparar resultados). 

Segundo Kalil, a primeira fase dos testes terá como objetivo determinar a toxicidade do spray nasal, enquanto a segunda fase tentará encontrar a dosagem certa a ser administrada na população geral. 

A pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz Margareth Dalcomo reiterou a importância do desenvolvimento do spray nasal no âmbito científico nacional: "Sem dúvida nenhuma eu considero um grande passo na ciência brasileira", declarou. 

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