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Reprodução: Tv Cultura
Reprodução: Tv Cultura

Milton Santos foi um dos grandes responsáveis pela renovação da geografia brasileira. Além de geógrafo, Milton era um dos maiores intelectuais do século passado, atuando como advogado, jornalista e professor.

A edição do Estação Livre desta semana contou histórias de grandes personalidades negras que nunca tiveram o reconhecimento merecido, como foi o caso de Milton.

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O geógrafo Billy Malaquias contou que o pensador possuía um grande conhecimento, com artigos publicados em diversos países, e ainda assim não é uma leitura conhecida pelas pessoas. Ele escreveu mais de 40 livros ao todo.

Para Billy, o legado de Milton é imensurável. “Um intelectual do século 20 que já descrevia o século 21 e boa parte dessa descrição é correta”, comentou.

Murilo Vogt, também geógrafo, explica as ideias de Milton para a área. “Ele buscava que a geografia se consolidasse como uma ciência, buscando um objeto de estudo, que é o espaço geográfico”.

Billy complementou dizendo que esse processo partia de colocar o humano no centro dessa discussão, trazendo as particularidades de cada ser. “O Milton renovou a maneira como a geografia deve estudar e ensinar”, afirmou.

A apresentadora Cris Guterres pontuou a dificuldade de associar o negro com a inteligência e o pensamento crítico, problema citado por Yolanda Frutuoso anteriormente no programa.

A criadora de conteúdo, dona do canal “Afrobetizando”, explicou a importância de se resgatar essas personalidades negras, principalmente pela representatividade.

“Eu lembro na época de escola, quando o meu professor falou sobre o Milton na aula de geografia, eu fiquei encantada. Eu não esperava, porque sempre vi o negro em condições de escravidão. Então, é muito importante trazer à tona esses nomes”, contou Yolanda.

Veja a reportagem completa:

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Assista ao programa na íntegra:

O programa Estação Livre é apresentado pela jornalista e empreendedora Cris Guterres, considerada pela revista Forbes uma das criadoras de conteúdo mais inovadoras de 2020. Feita por uma maioria de mulheres pretas, a atração tem a missão de valorizar a cultura negra, a rica diversidade do Brasil e trazer a sociedade para repensar e ajudar a reconstruir um país mais justo para todos.