O ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como o executor da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi condenado em segunda instância a cinco anos de prisão em regime fechado pelo crime de tráfico internacional de acessórios de arma de fogo.
Também ré no processo, a mulher do ex-PM, Elaine Lessa, teve sua absolvição mantida pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região. O casal Lessa foi denunciado pelo MPF por terem importado ilegalmente de Hong Kong 16 peças para fuzil AR-15.
A defesa do casal Lessa alegou que os 16 acessórios eram os chamados “freios de boca”, que diminuem o movimento da arma assim que um tiro é disparado.
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Porém, após realizar a perícia, a Polícia Federal apontou que as peças são “quebra-chamas”, usadas para diminuir o clarão gerado por disparos de armas de fogo. Além disso, na época da apreensão, eram produtos de uso controlado pelo Exército.
Na caixa, constava que o destinatário das peças de fuzil era uma academia de musculação na Favela de Rio das Pedras, zona oeste do Rio de Janeiro, da qual Ronnie e Elaine constavam como sócios.
Entretanto, segundo o MPF, os quebra-chamas seriam levados para um apartamento em Jacarepaguá, também na zona oeste, onde Ronnie armazenava e montava armas.
“Portanto, ao contrário das conclusões alcançadas pela sentença de primeiro grau e pelo acórdão recorrido, existem fortes indicativos de que ELAINE LESSA tinha conhecimento sobre a importação ilegal de peças de arma de fogo por parte do seu marido, notadamente diante do longo relacionamento que mantinham, cujo lapso temporal indica plena cumplicidade e assistência recíprocas”, escreveu o MPF.
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