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Pesquisadores são processados pela Johnson & Johnson por artigos associando câncer a talco

A empresa alega que todos seus produtos são seguros


14/07/2023 13h15

Quatro cientistas responsáveis por artigos que relacionam o uso de produtos a base de talco com desenvolvimento de câncer foram processados pela empresa Johnson & Johnson. A gigante de produtos de higiene alega que a pesquisa é imprecisa em um processo submetido no tribunal federal de Nova Jersey, EUA.

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Dois patologistas da instituição de pesquisa Peninsula Pathology Associates, um pneumologista do Centro de Oncologia do Hospital Geral de Massachusetts, e uma médica do hospital Northwell Health são os alvos da ação. Estudos publicados em 2019 e 2020 apontaram a relação entre mesotelioma e exposição a amianto, e que esta era causada pelo uso de materiais a base de talco. Mesotelioma é um tipo de câncer raro, que acomete o tecido de revestimento de alguns órgãos, como pulmão e estômago.

No documento do processo, é exigido que os pesquisadores sejam forçados a “retratar ou submeter uma correção” da pesquisa, além de declararem que seus produtos de talco são seguros e não contém amianto.

A J&J está respondendo a mais de 38 mil acusações de contaminação de amianto em produtos que causaram formas de câncer em usuários, incluindo de ovário e mesotelioma. A empresa tenta resolver os diagnósticos por meio de uma declaração de falência de uma de suas subsidiárias, no valor de 8,9 bilhões de dólares.

Com o aumento de processos dessa natureza, as vendas de produtos a base de talco foram interrompidas, além da substituição da matéria-prima por amido de milho.

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