Quatro cientistas responsáveis por artigos que relacionam o uso de produtos a base de talco com desenvolvimento de câncer foram processados pela empresa Johnson & Johnson. A gigante de produtos de higiene alega que a pesquisa é imprecisa em um processo submetido no tribunal federal de Nova Jersey, EUA.
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Dois patologistas da instituição de pesquisa Peninsula Pathology Associates, um pneumologista do Centro de Oncologia do Hospital Geral de Massachusetts, e uma médica do hospital Northwell Health são os alvos da ação. Estudos publicados em 2019 e 2020 apontaram a relação entre mesotelioma e exposição a amianto, e que esta era causada pelo uso de materiais a base de talco. Mesotelioma é um tipo de câncer raro, que acomete o tecido de revestimento de alguns órgãos, como pulmão e estômago.
No documento do processo, é exigido que os pesquisadores sejam forçados a “retratar ou submeter uma correção” da pesquisa, além de declararem que seus produtos de talco são seguros e não contém amianto.
A J&J está respondendo a mais de 38 mil acusações de contaminação de amianto em produtos que causaram formas de câncer em usuários, incluindo de ovário e mesotelioma. A empresa tenta resolver os diagnósticos por meio de uma declaração de falência de uma de suas subsidiárias, no valor de 8,9 bilhões de dólares.
Com o aumento de processos dessa natureza, as vendas de produtos a base de talco foram interrompidas, além da substituição da matéria-prima por amido de milho.
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