Arte e Cultura

Quem foi Julius Robert Oppenheimer, físico que inspirou novo filme de Christopher Nolan

Conheça a história de uma das figuras mais importante dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial


18/07/2023 16h28

Um dos filmes mais esperados do ano está prestes a estrear. ‘Oppenheimer’, novo longa de Christopher Nolan, chega aos cinemas brasileiros no próximo dia 20 de julho. O aclamado diretor foi o responsável por grandes sucessos de bilheteria e premiações nos últimos anos, como a trilogia ‘Cavaleiro das Trevas’, ‘A Origem’, ‘Dinkirk’ e ‘Tenet’. Qualquer nova produção dele irá atrair uma legião de fãs no mundo todo.

‘Oppenheimer’ conta a história do físico J.Robert Oppenheimer, que trabalhou com uma equipe de cientistas durante o Projeto Manhattan, levando ao desenvolvimento da bomba atômica.

Mas, afinal, quem foi Oppenheimer, o físico que dá nome ao novo filme de Nolan? O site da TV Cultura apresenta a história do cientista que mudou com a história do mundo.

Início da carreira de Oppenheimer

Julius Robert Oppenheimer é natural de Nova Iorque e foi filho de imigrantes alemães. Desde cedo, mostrou ser muito inteligente e se destacou nas escolas onde passou. Seu conhecimento o colocou em Harvard, uma das principais universidades do mundo.

Ao se formar em 1925, se mudou para a Europa, onde fez doutorado na Universidade de Göttingen, na Alemanha. Foi neste período, que iniciou seu interesse em física. Começou amizade com Niels Bohr, famoso pelo modelo de orbitais dos elétrons, Max Born, que desenvolveu a teoria de aproximação chamada Born-Oppenheimer, e Paul Dirac.

Leia também: “Melhor filme em que já atuei”, diz Robert Downey Jr sobre ‘Oppenheimer’

Os estudos e o desenvolvimento de teorias o colocaram no caminho da educação. Na década de 1930, passou a dar aulas no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e a Universidade da Califórnia.

Segunda Guerra Mundial

Em 1937, após a morte do pai e herdar sua fortuna, passou a se envolver com questões políticas. No mesmo ano, subvencionou organizações antifascistas nos Estados Unidos.

Além disso, passou a estudar o processo de obtenção de urânio-235, a partir de mineral de urânio natural. Apesar de outros físicos o alertarem sobre os riscos desse tipo de pesquisa, Oppenheimer temia que os nazistas pudessem desenvolver uma bomba atômica e vencer a guerra.

Projeto Manhattan

O físico foi indicado para participar do Projeto Manhattan, grupo de estudos para desenvolver uma bomba atômica, em 1942. Oppenheimer ficou responsável por um laboratório em Los Alamos, que contou com uma seleção de cientistas.

Além dos profissionais da área da ciência, suas famílias se mudaram para esse local para o desenvolvimento da bomba atômica.

Após meses de estudos, duas armas foram desenvolvidas: uma bomba de fissão com um isótopo do urânio, e outra com um elemento sintético chamado plutônio-239.

O primeiro grande teste aconteceu em 16 de julho de 1945. Ao estourar a bomba, ficou comprovado o poder letal da nova tecnologia.

Três semanas após o teste, as bombas são lançadas em Hiroshima e Nagasaki, duas cidades japonesas. Mais de 140 mil pessoas morreram diretamente pelo efeito da explosão. Além disso, tiveram mais vítimas indiretas da radiação. A rendição dos japoneses aconteceu logo depois das explosões. 

Vida pós-guerra

Com o fim da Segunda Guerra, Oppenheimer se tornou presidente do Comitê da Comissão para Energia Nuclear. Ele ficou responsável por fiscalizar atividades nucleares dentro do território norte-americano e também em outros continentes. Além disso, voltou a dar aulas nas universidades californianas.

Foram dois anos no cargo. Uma das primeiras polêmicas em que se envolveu foi quando pediu o controle de pesquisas sobre armas nucleares. A declaração não foi bem aceita por outros pesquisadores quem queriam desenvolver novas armas.

Depois disso, se posicionou contrário ao desenvolvimento da bomba de hidrogênio, uma arma mais potente comparada a que foi desenvolvida por Oppenheimer na Segunda Guerra.

O grupo de estudos liderado por Edward Teller, responsável pela proposição do projeto, ficou contra Robert, iniciou uma campanha de difamação contra ele e o acusaram de comunista.

Leia também: Aeronave ícone da Guerra Fria é destaque na série “Asas e Histórias” neste sábado (22)

Assim, em 1954, ele perdeu sua credencial de segurança e teve os vínculos cortados com o governo dos Estados Unidos. Nos anos seguintes, se dedicou a pesquisas e palestras por todo o mundo.

Como Oppenheimer morreu?

Por ser viciado em cigarros, Oppenheimer foi diagnosticado com câncer de garganta em 1965. O tratamento o forçou a se afastar do trabalho.

Ele chegou a fazer uma cirurgia e investiu em tratamentos de quimioterapia. Porém, sem sucesso. Com a doença avançando, entrou em coma no início de 1967 e morreu em 18 de fevereiro aos 62 anos.

A história de Oppenheimer nos cinemas

A história do físico será contado por Christopher Nolan nos cinemas. O ator Cillian Murphy dará vida ao personagem. O longa foi inspirado na primeira biografia do pesquisador, chamada “American Prometheus”, escrita por Kai Bird e Martin J. Sherwin.

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

“Liberdade de expressão não é liberdade de agressão”, afirma Alexandre Moraes

Dólar fecha no maior nível em seis meses; Ibovespa registra queda

+Milionária: Veja dezenas e trevos sorteados nesta quarta-feira (10)

Câmara mantém prisão de deputado Chiquinho Brazão

Combate à solidão: idosos vão receber "pets robôs" no Reino Unido