Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Reprodução/ 'X': @brasilparalelo
Reprodução/ 'X': @brasilparalelo

Após a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, na última segunda-feira (21), em Roma, um novo sucessor deverá ser escolhido nos próximos dias, por meio de uma das cerimônias mais tradicionais da Igreja Católica: o conclave.

O conclave é o ritual que marca o processo de escolha de um novo papa. A palavra vem do latim cum clavis — “fechado à chave” — e remete a uma votação secreta, cheia de mistérios e tradições, realizada na Capela Sistina, no Vaticano.

Esse processo deve começar, no mínimo, 15 dias após a morte do pontífice. Como Francisco faleceu no dia 21 de abril, a eleição do novo papa pode ter início a partir do dia 6 de maio.

Leia mais: Vaticano divulga primeiras imagens do papa Francisco em caixão simples de madeira

Como funciona a votação

O Colégio dos Cardeais deve se reunir no Vaticano em uma votação totalmente secreta. Os cardeais costumam ser confinados para evitar qualquer tipo de interferência externa durante a escolha.

No início do conclave, os cardeais fazem um juramento de silêncio, sob pena de excomunhão em caso de quebra. Eles seguem em cortejo da Capela Paulina até a Capela Sistina. Em seguida, as portas são fechadas.

Durante o processo, os cardeais são proibidos de se comunicar com qualquer pessoa de fora, além de não poderem ler notícias, assistir televisão, acessar a internet ou receber mensagens.

O número máximo de cardeais eleitores é de 120. Atualmente, a Igreja conta com 252 cardeais, sendo 135 com direito a voto — ou seja, com menos de 80 anos. Para ser eleito, um cardeal precisa obter ao menos dois terços dos votos. Não há direito à abstenção, e os cardeais não podem votar em si mesmos.

Leia mais: Papa Francisco não sofreu e fez gesto de 'tchau' antes da morte, diz Vaticano

Durante o conclave, o voto é secreto e depositado em uma urna. O número de votos recebidos pelo escolhido não é divulgado. Caso não haja consenso no primeiro dia, o conclave continua no segundo dia, com quatro votações: duas pela manhã e duas à tarde.

Se não houver decisão até o terceiro dia, é feita uma pausa para orações, e as votações são retomadas. Os conclaves que elegeram Francisco, em 2013, e Bento XVI, em 2005, foram concluídos em apenas dois dias.

Três cardeais são escolhidos para contar os votos. A cada votação, as cédulas são queimadas com substâncias químicas específicas. Se a fumaça que sair pela chaminé for branca, significa que a eleição foi bem-sucedida; se for preta, ainda não houve definição.

Leia mais: Funeral do papa Francisco será realizado em Roma no próximo sábado (26); veja mais detalhes

Resultado

Todo o processo só chega ao fim quando a fumaça branca emerge da chaminé da Capela Sistina, sinalizando que um novo papa foi escolhido. Após ser parabenizado pelos demais cardeais, o novo pontífice escolhe livremente o seu nome.

Nesse momento, não apenas os católicos, mas o mundo inteiro, ficam cientes de que o conclave chegou a uma decisão.

Em seguida, o novo líder da Igreja Católica é apresentado na sacada da Basílica de São Pedro, de onde é proclamada a frase “Habemus Papam” (“Temos um Papa”).

O Brasil tem atualmente oito cardeais que integram o Colégio Cardinalício — cinco nomeados pelo Papa Francisco e três pelo papa emérito Bento XVI. Apenas um deles não tem direito a voto: dom Raymundo Damasceno Assis.