O falecido Papa Francisco foi responsável por nomear 80% dos cardeais eleitores do próximo conclave. Dos 135 religiosos, 108 foram escolhidos pelo pontífice.
Em 12 anos de papado, Francisco elegeu, ao todo, 150 cardeais. Mais de 20 deles são de países que nunca haviam tido um clérigo no cargo, como Mongólia, Laos, Papua-Nova Guiné e Mali.
Como as nomeações do então papa descentralizaram o eleitorado europeu e deram mais representatividade a outras regiões para a Igreja, especula-se que isso poderia influenciar o conclave a escolher um sucessor que continue as prioridades pastorais de Francisco. Entretanto, é difícil prever qualquer cenário, considerando os 135 nomes na mesa do Colégio Cardinalício.
Ainda assim, a Europa continua sendo o continente com o maior número de eleitores para o conclave. Ao todo, são 53 cardeais da região, representando 39,2% do corpo. Em seguida, a América conta com 37 votantes; em sequência a Ásia, com 23; a África, com 18; e a Oceania, com 4. Antes de 2013, ano em que o Papa Francisco assumiu, 56% dos eleitores eram europeus.
Além disso, a quantidade de cardeais com direito ao voto também foi ampliada pelo argentino: antes, apenas 120 eleitores poderiam escolher um novo pontífice; agora o quórum aumentou em 15 cardeais.
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