Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou nesta segunda-feira (28) um cessar-fogo de três dias na guerra contra a Ucrânia, entre 8 e 10 de maio.
A trégua foi declarada para marcar o 80º aniversário da vitória da União Soviética e seus aliados na Segunda Guerra Mundial.
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De acordo com o Kremlin, todas as ações militares serão suspensas durante o período. O governo russo pediu que Kiev também aderisse à proposta. Moscou alertou, no entanto, que eventuais violações por parte da Ucrânia receberiam uma "resposta adequada e eficaz".
Esta é a segunda trégua anunciada por Putin em pouco tempo — há cerca de 10 dias, a Rússia já havia declarado um cessar-fogo de 30 horas durante a Páscoa, que foi acusado de ser violado por ambos os lados.
Até a última atualização, o governo ucraniano não havia confirmado adesão ao novo cessar-fogo. Em resposta ao anúncio, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia Andriy Sybiga, afirmou que se Moscou realmente desejasse a paz, deveria cessar as hostilidades imediatamente, e não aguardar até 8 de maio. "Se a guerra pudesse ser interrompida agora, com uma trégua mantida por 30 dias, seria um verdadeiro passo à frente", escreve no X (antigo Twitter).
O anúncio do cessar-fogo ocorre em meio à crescente pressão dos Estados Unidos. Recentemente, o presidente Donald Trump criticou Putin por ataques a Kiev, pedindo em uma postagem nas redes sociais: "Vladimir, PARE!". O republicano também expressou preocupação de que o líder russo estivesse "apenas enrolando" as negociações de paz.
Ele se reuniu com o enviado especial Steve Witkoff e, no último fim de semana, conversou com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky no Vaticano, durante o funeral do papa Francisco. Após o encontro, Trump declarou que Zelensky estava "mais calmo" e que a Ucrânia enfrenta uma "força muito maior", reforçando que Putin precisa "parar os bombardeios" e assinar um acordo definitivo.
A guerra, que já dura mais de três anos, segue sem perspectiva de resolução. Um dos principais entraves para a paz é a situação dos territórios ocupados pela Rússia, que controla cerca de 20% do território ucraniano, incluindo a Crimeia. Enquanto Zelensky exige a restituição total das áreas para aceitar um acordo, Moscou considera que essas regiões foram anexadas e não pretende devolvê-las.
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