A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos publicou no Diário Oficial da União desta sexta-feira (9) as demonstrações financeiras referente ao ano passado. O balanço revela um prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024.
O déficit em 2024 é quatro vezes maior do que o registrado no ano anterior, quando houve um prejuízo de R$ 597 milhões. Na apresentação deste ano, a estatal reajustou os dados de 2023 para melhor apresentar normas contábeis, e o resultado final subiu para R$ 633 milhões.
Desde 2016 a estatal não apresenta prejuízo bilionário em suas operações. Naquele ano, o déficit chegou a R$ 1,5 bilhão (R$ 2,3 bilhões em valores atualizados).
Prejuízo dos Correios nos últimos 10 anos:
- 2015 - déficit de R$ 2,1 bilhões;
- 2016 - déficit de R$ 1,5 bilhão ;
- 2017 - superávit de R$ 667 milhões;
- 2018 - superávit de R$ 161 milhões;
- 2019 - superávit de R$ 102 milhões;
- 2020 - superávit de R$ 1,5 bilhão;
- 2021 - superávit de R$ 2,3 bilhões;
- 2022 - déficit de R$ 767 milhões;
- 2023 - déficit de R$ 633 milhões;
- 2024 - déficit de R$ 2,6 bilhões.
Leia também: Conflito na Caxemira já deixa 49 civis mortos após bombardeios entre Índia e Paquistão
Segundo a empresa, apenas 15% das 10.638 unidades de atendimento tiveram superávit no ano passado.
"Ainda que 85% das unidades sejam consideradas deficitárias, os Correios garantem o acesso universal de todas e todos aos serviços postais, com tarifas justas, em cada um dos 5.567 municípios atendidos", afirmou.
Em contrapartida, o Correios também justificou que houve um investimento de R$ 830 milhões ao longo de 2024, totalizando R$ 1,6 bilhões desde que a nova gestão assumiu.
A empresa reafirmou que manterá sua estratégia de investimentos que ampliem soluções tecnológicas e reduzam o impacto no meio ambiente. "A sustentabilidade continuará a ser tema central em nosso dia a dia. Esperamos evoluir ainda mais em nossos propósitos de caráter social e ambiental".
Parte do plano estratégico foram os veículos adquiridos para a transição ecológica de suas atividades. 50 furgões elétricos, 3.996 bicicletas cargo com baú e 2.306 bicicletas elétricas foram adquiridos, além de 1.502 veículos para renovar sua frota.
Leia também: STF julga Zambelli nesta sexta (9) por invasão ao sistema do CNJ e falsidade ideológica
REDES SOCIAIS