Em meio à troca de ataques aéreos com Israel, o Irã anunciou nesta segunda-feira (16) que pode deixar o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).
Parlamentares iranianos preparam um projeto de lei para tirar o país do TNP, segundo o Ministério das Relações Exteriores.
Ratificado pela República Islâmica no Golfo Pérsico em 1970, ele garante o direito de buscar energia nuclear para fins civis, em troca do compromisso de renunciar às armas nucleares e cooperar com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da ONU observador de programas nucleares.
"À luz dos acontecimentos recentes, tomaremos uma decisão apropriada. O governo deve implementar os projetos aprovados pelo parlamento, mas essa proposta ainda está em fase de elaboração e vamos coordenar com o parlamento nas etapas seguintes", esclarece Esmaeil Baghaei, porta-voz da pasta.
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Israel começou a bombardear o Irã na última sexta-feira (13), sob a justificativa de que Teerã estaria prestes a construir uma bomba nuclear. Desde então, os dois países têm trocado diversas rodadas de bombardeios.
O Irã afirma que seu programa nuclear tem fins exclusivamente pacíficos e autoridades do país afirmam que a política interna proíbe o desenvolvimento de armas nucleares. No entanto, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) diz que obrigações estabelecidas pelo órgão não são cumpridas.
O presidente Masoud Pezeshkian afirmou nesta segunda-feira (16) que o Irã não pretende desenvolver armas nucleares, mas que buscará seu direito à energia e pesquisa nuclear, reiterando o edito religioso do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, contra armas de destruição em massa.
Na ocasião, ele ainda citou que eles não procuraram a guerra e nem começaram o conflito com Israel. As informações são da mídia estatal.
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