O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) anunciou, nesta terça-feira (24), que durante uma fiscalização de rotina no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, realizada na última quarta-feira (18), uma Unidade Técnica apreendeu duas cargas contendo partes e membros de animais silvestres protegidos por convenções internacionais.
Entre os itens apreendidos estavam oito partes da espécie girafa-do-norte (Giraffa camelopardalis) — incluindo crânio, couro, mandíbula e quatro ossos das pernas — e um troféu de caça da espécie leão-africano (Panthera leo).
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As duas espécies estão listadas no Anexo II da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (Cites), um acordo internacional entre governos que visa garantir que o comércio internacional de animais e plantas silvestres não represente ameaça à sobrevivência das espécies. O Brasil é signatário da convenção desde 1975.
O documento também estabelece níveis de proteção por meio de três anexos, de acordo com o grau de risco de extinção. No Brasil, o Ibama atua como autoridade responsável pela emissão das licenças de exportação e importação de exemplares ou partes de espécies listadas.
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As apreensões ocorreram devido à ausência da Licença Cites, documento obrigatório emitido pelo Ibama para regulamentar o comércio internacional de espécies ameaçadas. O comércio ilegal de animais silvestres e de seus derivados está entre os crimes ambientais mais lucrativos do mundo, com impactos profundos sobre os ecossistemas.
Em nota, o Ibama informou que “os espécimes apreendidos permanecem sob guarda da entidade e aguardam os trâmites administrativos para definição de sua destinação, conforme os protocolos internacionais e a legislação ambiental vigente”.

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