Casos recentes de meningite "B" em bebês e crianças preocupam pais e responsáveis. No Brasil, o tipo B já atinge 60% dos pacientes com a doença.
O quadro é causado por uma bactéria e pode evoluir para casos graves de forma rápida. O risco é maior em se tratando de crianças, pela rápida evolução que ela pode apresentar.
A bactéria é transmitida pelas vias aéreas e pode chegar até a meninge, nome da estrutura que recobre o cérebro. Além de atingir o sistema nervoso, a infecção pode se espalhar pelo corpo de forma generalizada. A vacina é o modo mais eficaz de se proteger contra os casos graves.
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Atualmente, o imunizante contra o tipo B da doença não faz parte do SUS e só pode ser encontrado em clínicas particulares. Entre julho e agosto, foi realizada uma consulta pública sobre a incorporação da vacina meningocócica tipo B ao Programa Nacional de Imunizações. O resultado ainda não foi divulgado, mas os casos graves da doença despertam mais preocupação.
Dados do Ministério da Saúde sobre meningite B mostram que entre 2023 e 2024 foram registrados 508 casos e 85 óbitos. Este ano, o país confirmou até agora 244 casos e 35 óbitos.
“São vários tipos [da doença] que circulam no Brasil. O B já está com 60%, quer dizer, 6 em cada 10 casos são causados pelo B”, comenta a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai.
A vacina contra o vírus da meningite B deve ser aplicada aos 3, 5 e 12 meses de vida. O valor estimado para a inclusão do imunizante no SUS é de aproximadamente R$ 6 bilhões ao longo de cinco anos. Desde julho, o Ministério da Saúde ampliou a aplicação da vacina para os tipos A, C,W e Y da meningite em bebês de 12 meses, antes aplicada apenas em adolescentes.
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