Dados do monitoramento global de lixo eletrônico da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que o mundo gerou 62 milhões de toneladas de resíduos de equipamentos descartados em 2022. Data para a conscientização do problema é celebrada nesta quarta-feira, 14 de outubro.
O número representa um aumento de 82% em relação aos dados de 2010. Até 2030, a ONU estima que a humanidade produzirá 82 milhões de toneladas de lixo eletrônico.
No Brasil, são gerados mais de 2 milhões de toneladas por ano, de acordo com a Pesquisa Resíduos Eletrônicos no Brasil. Apenas 3% do lixo gerado no país são reciclados.
A destinação correta do lixo eletrônico está prevista na política nacional de resíduos sólidos. Qualquer produto elétrico ou eletrônico descartado em local irregular pode representar um risco para o meio ambiente.
Segundo Fernando Rodrigues, gerente da Associação Brasileira de Reciclagem, os metais pesados podem oferecer riscos à saúde humana.
“Eletroeletrônicos e eletrodomésticos podem conter metais pesados. Estou falando do cádmio, do chumbo, do mercúrio, que são substâncias muito nocivas para o meio ambiente. Podem contaminar o solo, a água, a fauna e a flora. Dependendo do grau de exposição, pode oferecer risco à saúde humana”, afirma.
“Por isso, a necessidade da gente tratar esses equipamentos, esses materiais em um ambiente controlado com todas as seguranças, todas as certificações possíveis para que eles sejam, então, destinados para a reciclagem sem oferecer risco nenhum para o meio ambiente e também para as pessoas”, completa.
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