De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, menos de 1% das pessoas com indicação médica consegue fazer a cirurgia bariátrica.
Entre 2020 e 2024, o Brasil fez quase 291.731 mil bariátricas, 90% delas ( 260.380) foram realizadas por planos de saúde. Pelo SUS, foram 31.351.
Menos de 1% da população brasileira que tem indicação médica consegue de fato realizar o procedimento. Só no ano passado, mais de um milhão e cem mil pessoas estavam com obesidade grau 3, o nível mais grave. No primeiro semestre deste ano, o SUS fez apenas seis mil procedimentos em todo o país.
Segundo Cláudio Maierovitch, conselheiro diretor da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, a fila de espera pode ser ainda maior.
“Nós não sabemos o tamanho da fila, porque uma coisa é a estimativa feita pela Sociedade de Cirurgia Bariátrica com base em proporções da população que tem obesidade, outra coisa é qual é a busca real das pessoas por essa cirurgia”, explica.
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O procedimento é indicado para pessoas com obesidade grave, geralmente com IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 40, ou acima de 35 quando há comorbidades como diabetes e pressão alta.
Antes da cirurgia, o paciente passa por avaliação médica, nutricional e psicológica. Ele também precisa parar de fumar, perder peso, adotar hábitos saudáveis e estar ciente dos riscos e benefícios.
“As pessoas com obesidade grave necessitam de um tratamento eficaz. Muitas vezes elas não conseguem perder peso com dieta, atividade física e medicamentos, porque elas têm um componente genético muito forte. Então, essas pessoas necessitam da cirurgia bariátrica”, comenta Márcio Mancini, endocrinologista e chefe do grupo de obesidade do HC-FMUSP.
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