Um grupo formado por organizações do movimento negro e lideranças religiosas da cultura afrobrasileira pediu à Procuradoria-Geral da República a abertura de uma ação por racismo e discriminação contra Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares.
O motivo é a divulgação de uma gravação em que Camargo faz ataques ao movimento negro e a religiões de origem africana. Numa reunião no dia 31 de abril, ele foi gravado chamando integrantes do movimento negro de "vagabundos" e "escória maldita". No áudio, também se refere a uma mãe de santo como "macumbeira", e afirma que não irá liberar verba para terreiros.
A escolha de Camargo para chefiar a organização, que se dedica à proteção e divulgação dos valores da cultura africana, tem gerado críticas e polêmicas desde que foi inicialmente anunciada, em 2019. Conhecido por ofender nas redes sociais a cultura afrobrasileira e a figura de Zumbi dos Palmares, que dá nome à fundação, ele foi impedido de tomar posse por uma liminar do STF, e depois autorizado por uma liminar do STJ.
Diante da divulgação do novo áudio com ofensas, a Defensoria Pública da União e movimentos ligados à luta antirracista e religiões afrobrasileiras pedem a revogação da liminar que autorizou a posse de Camargo como presidente da entidade.
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