Há cerca de um mês, o presidente Jair Bolsonaro decretou o que o governador João Dória já havia decretado no estado de São Paulo desde março: a construção civil como atividade essencial durante a pandemia de Covid-19.

Porém, esses trabalhadores estão expostos ao risco de contaminação de qualquer maneira. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), afirma que 44 empregados do setor e outros 13 parentes deles já morreramde coronavírus na região metropolitana de São Paulo.

Nas obras, concedidas por empresas, há reclamações dos pedreiros por falta do distanciamento adequado, do isolamento e de condições básicas de higiene para prevenção, como disponibilização de álcool em gel. O sindicato já autuou em mais de2 mil canteiros por decorrência do aumento do número de casos de contaminação.

Antônio de Souza Ramalho, presidente do Sindicato, divulgou a greve marcada para esta terça-feira (16), a fim de negociar com as empresas de construção civil melhores condições para os funcionários, além de testagem nos canteiros de obras nos próximos 60 dias.

Segundo o sindicalista, após pressão, testes rápidos foram feitos em 20 mil trabalhadores. Destes, dos 17 mil, mais de 4 mil testaram positivo para a doença.Mas 40 mil já foram afastados por apresentarem sintomas e não fizeram o teste, portanto, não há a comprovação da infecção.