A pandemia de coronavírus obrigou as pessoas a se distanciarem socialmente uma das outras. Abraços, beijos e até um simples cumprimento de mãos entraram na lista de gestos proibidos. Agora que as cidades começam a relaxar as medidas de isolamento, a preocupação com o contato com objetos ficou mais forte.
De olho no novo normal da vida pós-pandemia, empresas passaram a oferecer soluções que evitam o contato físico com elevadores, portas, geladeiras e maquininhas de pagamento. Quando o contato é quase inevitável, caso do corrimão da esteira rolante, por exemplo, a saída é criar um sistema de higienização permanente.
“Trabalhamos com produtos que envolvem o toque, o contato físico, como elevador e escada rolante. Esses sistemas se tornaram um ponto de preocupação durante a pandemia e por isso passamos a oferecer soluções para evitar esse contato”, diz Joel Coelho, gerente do ITS – Centro Tecnológico e de Formação da Thyssenkrupp Elevadores.
Veja abaixo algumas adaptações que evitam esse contato físico
Elevador sem contato com botões
A Thyssenkrupp desenvolveu uma tecnologia que permite que o elevador seja acionado no térreo ou nos andares sem o acionamento do botão. Basta aproximar a mão. Para escolher o andar, é preciso baixar o aplicativo da empresa e por ele selecionar a direção.
“Dentro do elevador poderia dar confusão a aproximação das mãos sobre vários botões. Por isso a necessidade do aplicativo, que se comunica com o elevador”, conta Coelho.
A empresa também criou um sistema de higienização interna que lança luz ultravioleta dentro do elevador para remoção de vírus, bactérias e microrganismos. “Esse dispositivo faz uma espécie de lavagem do ar do elevador purificando o ambiente”, diz o gerente da Thyssenkrupp.
Corrimão autolimpante
Como descer e subir escadas sem usar o corrimão? Até dá, mas não é lá muito seguro fazer isso. A Thyssenkrupp desenvolveu um esterilizador para corrimãos de escadas e esteiras rolantes, que funcionam ininterruptamente dentro do equipamento.
Pagamento sem contato
No primeiro trimestre, os pagamentos por aproximação movimentaram R$ 3,9 bilhões, um aumento de 456% em relação a igual período de 2019.
De acordo com pesquisa da Mastercard, 69% dos brasileiros disseram que a covid-19 os incentivou a usar pagamentos por aproximação. Esse número pode ser explicado pelo cuidado com a saúde: 70% dos latino-americanos estão preocupados com os impactos do uso do dinheiro em sua saúde.
A Sem Parar, conhecida pelo pagamento de pedágios, também vem investindo em outras frentes de transações sem contato. A empresa acaba de fechar uma parceria com a rede de postos Boxter para pagamento automático do combustível.
Cotoveleira para geladeira e freezer
O Pão de Açúcar, do GPA, instalou cotoveleiras nas geladeiras e freezers para evitar que os clientes usem as mãos para abrir essas portas. É prático? Parece, afinal as pessoas não costumam esfregar o cotovelo nos olhos.
Cinema sem contato
Os cinemas continuam fechados, mas existem cines drive-in em algumas cidades. O mundo sem contato começa logo na entrada: os clientes leem os próprios ingressos em um totem de autoatendimento, sem a presença de um funcionário.
Ficou com vontade de pedir uma bebida ou comida? O pedido é feito dentro do carro, por um aplicativo, e vai direto para a cozinha do local. De lá, um entregador com luvas e máscaras leva o pedido para o carro do cliente.
Quer ir ao banheiro? E só entrar na fila virtual e se dirigir a local quando chegar a sua vez. Assim, evita-se a proximidade com outras pessoas na fila física de espera.
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