Fundação Padre Anchieta

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“Vamos pedir uma pizza?” A relação entre o delivery e a iguaria da cozinha italiana é tão próxima no Brasil que essa pergunta é muito mais comum do que “vamos comer uma pizza?”. Prova disso é que 60% das pizzarias em operação no país oferecem o produto apenas através de entrega.

É nesse contexto que esse segmento dos serviços de alimentação, na contração da sangria vivida pelos bares e restaurantes, se manteve relativamente bem desde que a crise do coronavírus começou.

Dados de uma pesquisa feita pela Associação Pizzarias Unidas do Brasil com seus cerca de 350 associados pelo país ajudam a explicar como a pandemia vem tratando esses negócios que, de forma involuntária, sempre estiveram prontos para enfrentar o momento atual.

As pizzarias que se dedicam exclusivamente ao delivery tiveram uma alta de 10% nas vendas, em média. “A quarentena faz com que as pessoas não possam sair para jantar”, explica Gustavo Cardamoni, presidente da entidade. “Além disso a pizza é um produto democrático. Mesmo que você vá comprar uma pizza mais cara, vai comer em três, quatro pessoas em casa. Acaba saindo mais barato do que pedir um hambúrguer”, observa.

Apesar desse crescimento médio, ele lembra que o desempenho das pizzarias depende muito de onde esses negócios estão localizados, a concorrência com outros restaurantes que entregam –que vem crescendo muito por causa da quarentena– e como são estruturados.

“Eu, por exemplo, tenho duas pizzarias em locais diferentes. Em uma, tive queda no faturamento, na outra, mantive minha receita”, explica. “Em uma delas surgiu muita concorrência por causa da crise, inclusive muitos restaurantes informais que estão surgindo”.

Prejuízo com o salão

Apesar de o momento ser melhor para as pizzarias que fazem delivery, aquelas que possuem espaços para que os clientes comam no local estão sofrendo bem mais.

“As pizzarias que possuem delivery mais salão para comer no local tiveram uma queda média de vendas de 36%, e aquelas que só possuem salão tiveram uma redução bem maior, de 70%”, explica Cardamoni.

Ele afirma que, entre os que só atendiam no restaurante, alguns partiram, com sucesso, para uma reestruturação que passa necessariamente por aderir ou ampliar as entregas.

“Essa situação obrigou muita gente a se profissionalizar. Com tudo isso que está acontecendo, quem for montar negócio a partir de agora tende a pensar primeiro no delivery. Quem tinha salão acabou ficando vulnerável por causa do custo maior.”

Adeus ao imã de geladeira

Como aconteceu com outros negócios, a pandemia também acelerou um processo que já vinha ocorrendo, de digitalização do segmento.

Muito além dos tradicionais imãs de geladeiras com o telefone , as empresas vêm investindo na criação de aplicativos onde é possível fazer o pedido e ir acumulando vantagens.

Muitas também optam por entrar em marketplaces como o iFood ou Rappi, apesar do elevado custo de fazer parte dessas plataformas, que supera os 25% por negócio fechado.

“O imã ainda é importante, mas por pouco tempo. Hoje em dia é tudo digital. Tem que ter Instagram, anunciar no Google, no Facebook, ter aplicativo próprio”, aconselha Cardamoni.