Fundação Padre Anchieta

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Comprar roupas sem ter a oportunidade de prová-las era algo que, até recentemente, parecia quase impossível para a maioria dos consumidores. Passados 100 dias do início do distanciamento social, contudo, muita gente precisou mudar de ideia e experimentar essa alternativa.

Quais são os cuidados necessários para que a experiência seja a melhor possível e os resultados satisfatórios? Confira as orientações da consultora de estilo Bárbara Lyra, pesquisadora doutora de imagem da moda.

Defina o objetivo da compra

Antes de entrar nas lojas online, tenha uma noção clara do que você quer comprar. Elabore uma lista, baseada na análise criteriosa das suas necessidades e das combinações possíveis com o seu guarda-roupa.

“É muito fácil cair em tentação e acabar comprando aquilo que você não precisa”, alerta Bárbara. A possibilidade de dividir o valor em muitas vezes no cartão de crédito é uma das armadilhas que podem incentivar a compra por impulso.

Verifique as medidas

Tire antecipadamente as suas medidas com fita métrica – as básicas são a circunferência da região do pulso, da cintura e do quadril. Muitos sites oferecem uma tabela de medidas para ajudar você a saber o seu tamanho ideal, entre P, M, G e outras eventuais possibilidades.

“A tabela de medidas é muito importante, porque, infelizmente, os padrões variam muito de loja para loja e até mesmo de produto para produto dentro de uma mesma loja”, explica Bárbara. “Determinada calça pode ficar boa em você no tamanho M e outra, na mesma loja, no tamanho G”, ela exemplifica.

Avalie todas as informações

Analise com cuidado todas as informações disponíveis sobre a peça. É comum haver “pegadinhas”.

Você pode descobrir nas letras miúdas, por exemplo, que uma blusa anunciada como “de algodão” não é, na verdade, 100% composta por esse tecido – e sim uma mescla com poliéster, uma fibra sintética mais barata, menos confortável e menos durável. “Tecidos naturais, como algodão, linho e seda, são mais caros”, diz Bárbara.

Se não houver maiores detalhes das medidas e as informações sobre a peça forem muito básicas e genéricas, a especialista aconselha a evitar a compra, pois isso demonstra falta de transparência da loja. “O risco de insatisfação em casos assim é grande.”

As fotos dizem muito

Olhe cada foto disponível com atenção. Se a imagem pode ser ampliada, veja o tipo de tecido e detalhes como o decote, a amarração, o abotoamento.

Quanto mais imagens a loja fornecer, de diferentes ângulos – frente, costas, laterais –, mais consciente será a sua escolha. Além do mais, essa diversidade é um bom sinal: significa que a loja confia que esses detalhes contribuirão favoravelmente para a decisão de compra.

Se as imagens não podem ser aproximadas e não fornecem muitos detalhes, isso é motivo para desconfiança: será que estão querendo esconder algo?

Gente de verdade ajuda

É sempre melhor quando as lojas recorrem ao uso de pessoas para mostrar as roupas, em vez de simplesmente exibi-las soltas. E melhor ainda quando as medidas da pessoa que aparece na foto são informadas, para que o cliente ou a cliente possa projetar melhor como a peça ficará em si.

Um problema é que os modelos ou as modelos que têm a missão de exibir as roupas são quase sempre jovens e com corpo atlético, o que destoa da média do público. Lojas que decidam ir na contramão das ditaduras da moda para utilizar “pessoas reais” nesse papel podem ganhar muitos pontos com os consumidores.

Se não gostar, devolva

A compra online pressupõe o direito do consumidor de devolver o produto caso não o aprove. “É como se o provador da loja, aquela etapa decisiva da compra, fosse transferido para a sua casa”, explica Bárbara. “Isso quer dizer que não é uma compra definitiva. Você paga a peça, mas com o direito de pegar o seu dinheiro de volta ou ficar com crédito para uma nova compra, se assim quiser.”

Em geral, o prazo para devolução é de sete dias úteis a partir do recebimento do produto. As lojas costumam usar um sistema em que um código é fornecido para que o pacote possa ser enviado de volta pelos correios sem custo para o cliente. Em grandes cidades, como São Paulo, o serviço de recolhimento é muitas vezes feito a domicílio por motoboys.

Antes de fechar a compra, verifique a política de devolução da loja, que deve estar claramente descrita no site. Se não houver informações a respeito, desconfie: você poderá ter problemas.

Em casa, sem compromisso

Em grandes centros, especialmente São Paulo, lojas de produção mais artesanal, que mantêm um relacionamento próximo com a clientela, desenvolveram serviços de entrega de peças a domicílio ainda antes da compra.

A pessoa pode experimentar as peças no conforto de casa e decidir calmamente se quer ficar com alguma. Caso nenhuma a agrade, a sacola pode ser devolvida integralmente, sem constrangimentos – o recolhimento é igualmente realizado por um motoboy.