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Nesta segunda-feira (6), a pintora Frida Kahlo completaria 113 anos. A artista, que é um símbolo de força, arte e inspiração para o movimento feminista e LGBTQ, teve uma trajetória pessoal e profissional intensa, retratada nas páginas de seu diário que viraram livro depois da sua morte. Importante figura na arte mexicana, ela foi a primeira artista de seu país a ter obras expostas no Museu do Louvre, em Paris.

Trajetória

Frida nasceu em 1907, em Coyoacán, no México. Sua mãe, Matilde Gonzalez y Calderón, era uma católica devota e tinha origem indígena e espanhola. Já seu pai, Guillermo Kahlo, era alemão e chegou ao México em 1891, aos 19 anos, quando mudou o seu verdadeiro nome, “Wilhelm”, para o equivalente em espanhol, "Guillermo". A relação de Frida com a arte se inicia na infância, junto com o pai, que tinha como hobbie fazer pinturas autorais e tirar fotografias.

Foi ainda pequena que ela contraiu poliomielite, doença que deixou uma lesão em seu pé esquerdo, lhe rendendo o apelido de “Frida perna de pau”. Aos 18 anos, ela sofre um grave acidente de ônibus, que se chocou com um trem, tendo perfurações por todo o seu corpo. Ela passou por 35 cirurgias e ficou muitos meses entre a vida e a morte. Foi neste período que começou a pintar, com um cavalete adaptado à cama, usando as tintas de seu pai.

Suas pinturas representavam a angústia que sofria com sua condição devido ao acidente. Ela chegou a usar coletes ortopédicos de diversos materiais, retratados em sua obra “A Coluna Partida”.

"A Coluna Partida", de Frida Kahlo.

Em 1928, ela entra para o Partido Comunista Mexicano e conhece o também pintor Diego Rivera, com quem se casa no ano seguinte. A obra do marido influencia Frida a adotar o estilo “ingênuo” em suas pinturas, conceito que designa os artistas autodidatas que empregam um estilo próprio, baseado em fontes eruditas e folclóricas.

Frida Kahlo buscou em suas pinturas afirmar a identidade nacional do México, adotando temas do folclore, da arte popular mexicana, explorando questões de identidade, pós-colonialismo, gênero, classe e raça. Ela também fez muitos auto-retratos e representações de seu amor por Diego Rivera, com quem teve um casamento tumultuado, recheado de brigas e traições de ambas as partes.

Frida, que era bissexual, teve um caso com o revolucionário Leon Trotski depois de se separar de Rivera e manteve várias relações com mulheres das quais já tinham se relacionado também com o pintor. Já Rivera mantinha um relacionamento com a irmã mais nova de Frida Kahlo, Cristina.

Após idas e vindas, Kahlo e Rivera se casam novamente em 1940. Desta vez, ele moram em casas separadas, uma ao lado da outra, que eram conectadas por uma ponte. Frida engravidou mais de uma vez, mas sofreu diversos abortos devido às sequelas em seu útero ocasionadas pelo acidente de ônibus.

Em 1950, os médicos diagnosticam que seria necessário amputar sua perna direita de Frida, por conta da poliomielite que ela teve na infância, o que levou a pintora a entrar em depressão.

Ela faleceu em 13 de julho de 1954, aos 47 anos. O atestado de óbito registra embolia pulmonar, ocasionada por uma pneumonia que ela havia contraído, mas também há a hipótese dela ter falecido devido a uma overdose estimulada pelos vários remédios que tomava. As últimas palavras foram encontradas em seu diário: "Espero alegre a minha partida – e espero não retornar nunca mais", o que também abre a hipótese para um suicídio.

Após sua morte, Diego Rivera exigiu 15 anos de segredo para os pertences do casal. Ele faleceu três anos depois, deixando os seus bens com Dolores Olmedo, uma colecionadora de arte, que se recusou a dar acesso às peças até para o Museu Frida Kahlo. Somente após sua morte, em 2004, os objetos e roupas do casal nunca antes vistos pelo público, foram enviados para a exposição na Casa Azul - o Museu da Frida Kahlo. No site do Museu é possível fazer um tour virtual pela Casa Azul de Frida.