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Com a crise do coronavírus, os títulos de dívidas de empresas para resgate no curto prazo, ou seja, de até três anos, passaram a representar metade das emissões desses papeis no segundo trimestre deste ano, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais).

Enquanto no período entre janeiro a junho do ano passado os títulos de dívida privada (conhecidos como debêntures) de curto prazo representaram 18,2% do total das emissões, esse percentual subiu para 39% nos primeiros meses do ano e para 50% no período entre maio e junho.

Papeis que permitem o resgate em um espaço de tempo mais curto costumam ser mais atraentes para o investidor que busca liquidez, ou seja, um resgate mais rápido e fácil da sua aplicação.

Em meio à crise, que prejudicou a captação das empresas na bolsa e atingiu de forma especialmente intensa o mercado de dívida privada, encurtar prazos foi a solução encontrada por muitas empresas para gerar fluxo de caixa em um momento de necessidade.

Emitir debêntures é uma das formas que as empresas têm de se financiar no mercado, ao lado de tomar crédito ou vender ações na bolsa.

“Das captações das empresas com debêntures, cerca de 70% foi destinado a fluxo de caixa. As empresas fizeram uma espécie de barreira em seus balanços para se prepararem para bancar os primeiros meses de reflexo da pandemia”, explicou o vice-presidente da Anbima, José Laloni, durante apresentação dos resultados do mercado de capitais nos primeiros meses do ano.

O choque que a pandemia de coronavírus causou no mercado fez com que essas emissões de títulos de dívida privada caíssem 50,7% no primeiro semestre, segundo a Anbima, somando R$ 48,6 bilhões.

As debêntures incentivadas, que em geral são ligadas ao setor de infraestrutura e são beneficiadas com isenção de Imposto de Renda, se mostraram mais resistentes neste momento de crise, com queda de 5%.

Mercado tomba 14%

Por causa da crise, o volume de captações no mercado no primeiro semestre (considerando-se tanto emissões de dívidas como vendas de ações) somou R$ 150,1 bilhões, um recuo de 14% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O impacto negativo foi sentido exatamente sobre os títulos de dívida ou papeis híbridos (com renda fixa e variável), que recuaram 24% na mesma comparação. Maio teve o pior volume de captações de debêntures para o mês de maio nos últimos anos.

No caso das captações de renda variável (ações), houve alta, de 53% na comparação com o primeiro semestre de 2019.

Pessoa física na bolsa

Para Laloni, da Anbima, a tendência é que o mercado de capitais melhore neste segundo semestre, e que a pessoa física continue a aumentar sua importância na bolsa.

“Já temos quase 3 milhões de pessoas físicas na bolsa, é um crescimento enorme. Há um potencial de alta ainda maior, poderemos ter 10 milhões acessando a bolsa. Não tenho dúvida que, se mantendo as condições de hoje, esse é um caminho sem volta”, afirmou.