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"Jantar de luxo": Pizza na rua em Nova York de Bolsonaro e comitiva repercutiu na AlemanhaOs atos antidemocráticos promovidos por Bolsonaro, a ida do presidente à ONU e o teste positivo para o coronavírus do ministro da Saúde são destaques nos jornais alemães.Die Welt – O último recurso de Bolsonaro (19/09)

Com a popularidade no porão, e o país em turbulência, o presidente do Brasil está contra a parede. Agora ele está mobilizando as massas no estilo de Donald Trump. Há ameaça de golpe?

O presidente atualmente não tem argumentos para a reeleição. É por isso que Bolsonaro entra numa batalha que não é travada com argumentos, mas com emoções. Com sentimentos de medo, privação de direitos e, às vezes, com conotações religiosas e espirituais. Nessa encenação, os inimigos se encontram no Supremo, no Parlamento, nos palácios dos governadores estaduais e nas redações dos meios de comunicação que se atrevem a criticar as decisões de Bolsonaro. Seus soldados nesta guerra de irracionalidades são seus apoiadores, e quanto maior for esse exército popular de hipócritas que vai às ruas do Brasil, mais impressionante é a demonstração de poder. Às margens do Dia da Independência, alguns partidários de Bolsonaro ultrapassaram as barreiras e invadiram a Esplanada dos Ministérios. Era para ser entendido como um aviso.

Bolsonaro não ameaça abertamente um golpe, mas envia sinais que devem ser interpretados dessa forma. Para um golpe, entretanto, Bolsonaro precisaria das forças de segurança. Nelas, o presidente tem defensores, mas também há vários generais que condenam o flerte de Bolsonaro com um golpe, alguns até renunciaram. No entanto, o presidente também tenta instrumentalizar o Exército.Enquanto a Suprema Corte discutia recentemente o voto eletrônico – que Bolsonaro acusa de causar fraude eleitoral sem apresentar provas –, o presidente fez com que fosse organizado um pequeno desfile militar. É um jogo de simbolismo, cruzamento deliberado de limites e avisos bastante claros. Por exemplo, em direção ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux. "Ou o chefe desse poder enquadra o seu, ou esse poder pode sofrer o que não queremos", disse Bolsonaro recentemente.

Der Freitag – Um levante vindo de cima (16/09)

O presidente Bolsonaro busca sua salvação no caos permanente para compensar sua queda nas pesquisas. Será que esse show bizarro pode dar certo?

Na sua marcha contra o Judiciário, Bolsonaro anunciou a participação de milhões, incluindo oficiais da PM que espalharam rumores de golpe. Afinal, sabe-se que pelo menos um terço dos cerca de 406 mil policiais do Brasil apoiam Bolsonaro, não conhecem perdão para manifestações da oposição e nisso quase não diferem do Exército (356 mil soldados), cujos escalões inferiores também simpatizam com Bolsonaro. Por fim, mas não menos importante, latifundiários do agronegócio exportador de soja tiveram um papel extremamente ativo na marcha. Eles não apenas financiaram a viagem de milhares de manifestantes, como também romperam as barreiras de segurança no Distrito Federal com caminhões novos em folha, a fim de chegar diante do Supremo como uma "coluna de advertência", como se estivessem prontos para atacar a qualquer tempo. Além da polícia, das Forças Armadas e de representantes do agronegócio, cerca de 20% da classe média pertencem hoje ao "gado", como é chamado o virulento eleitorado do presidente, que frequentemente se reúne agitando bandeiras em Brasília e São Paulo. São fanáticos vestidos de amarelo que acreditam que a proteção ambiental e os direitos das minorias são resultado da "lavagem cerebral comunista".

Mas Bolsonaro e seus estrategistas de protesto sofreram um revés: em vez dos anunciados "milhões", até a mídia conservadora estima que, no máximo, cem mil apareceram, o que obrigou o presidente a recolher os planos de declarar estado de sítio.

Para quem pensa que tudo isso é um teatro absurdo, a coisa pode ser ainda mais bizarra. Em 896 dias de governo, Bolsonaro fez uma quantidade inacreditável de 3.151 declarações falsas ou enganosas, relatam jornais. São quase quatro mentiras por dia. Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, recebeu 136 pedidos de impeachment de Bolsonaro, mas todos foram ignorados por medo de represálias.

Der Tagesspiegel – Não vacinado, Bolsonaro tem que comer pizza na calçada (20/09)

Presumivelmente por não estar vacinado contra o coronavírus, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro comeu uma pizza na calçada, à margem da Assembleia-Geral da ONU em Nova York.

"Jantar de luxo em Nova York", escreveu na segunda-feira um integrante da delegação brasileira no Twitter, abaixo de uma foto de Bolsonaro com uma fatia de pizza ao ar livre. Os restaurantes da metrópole americana só podem atender em ambientes fechados os hóspedes que receberam pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19.

O próprio Bolsonaro, que é muito criticado por sua gestão da pandemia no Brasil, afirma que ainda não recebeu a vacina contra o coronavírus. Ele teria dito querer ser o "último brasileiro" a ser vacinado. De acordo com relatos da mídia brasileira, ele teve que entrar em seu hotel em Nova York pela porta dos fundos no domingo para evitar manifestantes que gritavam "fora, Bolsonaro" em frente ao prédio.

RND – Em NY, ministro da Saúde do Brasil testa positivo para coronavírus (22/09)

O ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, testou positivo para o coronavírus durante uma viagem com o presidente Jair Bolsonaro em Nova York. Queiroga escreveu no Twitter na noite de terça-feira que permanecerá em quarentena nos Estados Unidos. Queiroga teria recebido sua primeira vacinação contra covid-19 em janeiro. Não é conhecido com qual imunizante.

Segundo a mídia brasileira, ele é o segundo integrante da delegação brasileira em Nova York a ter resultado positivo no teste para coronavírus. De acordo com a assessoria de imprensa da presidência, citada pelo portal de notícias G1, os testes foram negativos para os demais membros.

O populista de direita Bolsonaro minimizou o coronavírus desde o início e se manifestou repetidamente contra o uso de máscaras e outras medidas de contenção. Na terça-feira, no início da Assembleia Geral da ONU em Nova York, ele causou espanto com declarações sobre sua abordagem em relação à pandemia. Por exemplo, Bolsonaro elogiou o uso preventivo de medicamentos cuja eficácia contra o coronavírus não foi comprovada.

O chefe de Estado de extrema direita enfatizou várias vezes que ainda não foi vacinado contra o coronavírus. O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, enviou uma mensagem a Bolsonaro dizendo: "Você tem que se vacinar se quiser vir para cá."

md (ots)