Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Militares foram acionados para colocar fim ao conflitoGrupo xiita Hisbolá convocou manifestação depois que tribunal respaldou juiz que comanda investigação sobre explosão no porto de Beirute em 2020.Um tiroteio matou pelo menos seis pessoas e feriu cerca de 30 nesta quinta-feira (14/10) em Beirute, no Líbano, enquanto as tensões escalavam antes de um protesto contra o juiz que comanda a investigação sobre a grande explosão ocorrida no porto da cidade, no ano passado.

Os protestos em frente ao Palácio da Justiça foram convocados pelo grupo xiita libanês Hisbolá, após um tribunal rejeitar uma queixa legal apresentada contra o juiz Tarek Bitar, permitindo que ele retomasse os trabalhos para identificar e punir os responsáveis pela explosão.

O que se sabe sobre os confrontos?

O tiroteio começou quando pessoas que estavam indo ao protesto organizado pelos grupos xiitas Hisbolá e Amal atravessavam o bairro cristão de Ain el-Remmaneh, em Beirute.

Duas explosões foram ouvidas, e as pessoas correram para se esconder. Sirenes de ambulância passaram a ser ouvidas em toda a cidade, e o Exército libanês enviou militares para procurar os autores dos ataques.

"Enquanto os manifestantes estavam indo para o Palácio da Justiça, foram alvo de disparos na área de Tayounah", informou um comunicado do Exército.

O Ministro de Assuntos Internos do Líbano, Bassam Malaui, disse que o ataque havia sido realizado por "franco-atiradores" a partir de telhados no bairro de Tayounah. Os criminosos também usaram granadas disparadas por foguetes, segundo ele.

Em uma declaração em seguida, o Exército disse que usaria munição letal e pediu aos civis que se retirassem das áreas do confronto.

Um jornalista da agência de notícias AP testemunhou um homem abrir fogo de sua varanda com uma pistola, enquanto as vítimas estavam deitadas e sangrando.

O Hisbolá culpou atiradores das Forças Cristãs Libanesas pelo ataque.

O primeiro-ministro Najib Mikati demandou a prisão dos responsáveis pelos disparos, enquanto pedia que as pessoas mantivessem a calma e não fossem "arrastadas para um conflito civil".

Como as autoridades reagiram?

O correspondente da DW em Beirute, Bassel Aridi, relatou que as autoridades enviaram equipes de elite para as áreas afetadas para tentar colocar um fim aos ataques.

"Pelo menos cinco granadas lançadas por foguetes explodiram em uma rotatória onde militares armados estavam a postos."

Ele disse que balas atingiram o escritório da DW em Beirute durante o ataque, mas ninguém ficou ferido.

"Segundo o Ministro de Assuntos Internos, são seis mortos até o momento", disse Aridi. "As forças especiais estão assumindo a liderança para encerrar os confrontos."

"Não sei se há vítimas neste momento no Exército libanês (...) Espero que as Forças Armadas libanesas ponham um fim a essa escalada antes de anoitecer", acrescentou.

Por que há tensões sobre o juiz?

Os manifestantes se reuniram para exigir a remoção de Bitar, depois que o juiz insistiu em intimar altos funcionários do governo libanês na apuração sobre a explosão no porto de Beirute.

Organizações de direitos humanos e familiares das vítimas da explosão veem Bitar como alguém que pode garantir uma apuração e decisão justa sobre explosão, que ocorreu em 4 de agosto de 2020.

Mas um membro do grupo Amal disse nesta terça-feira que haveria uma "escalada política" se a investigação "não fosse retificada".

Tensões se espalharam pelo gabinete do novo governo libanês enquanto ministros vinculados ao Hisbolá e ao Amal pressionavam pela substituição de Bitar, aprofundando ainda mais as divisões. As reuniões foram agora adiadas para a próxima semana, disse Aridi, da DW.

"A situação é crítica. Esses confrontos são as circunstâncias mais perigosas que o Líbano enfrenta desde 2008", afirmou.