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Austin fez a declaração durante a principal conferência de defesa da ÁsiaEm Cingapura, secretário de Defesa americano disse que atividade militar chinesa em torno da ilha autônoma ameaça mudar o "status quo". Lloyd Austin também afirmou que Washington continuará apoiando Taiwan.O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, criticou a China neste sábado (11/06) pela "abordagem mais coercitiva e agressiva de suas reivindicações territoriais".

Falando no Diálogo Shangri-La em Cingapura, principal conferência de defesa da Ásia, Austin disse que houve um aumento "alarmante" no número de encontros inseguros e não profissionais entre aviões e navios chineses e de outros países.

"Testemunhamos um aumento constante na atividade militar provocativa e desestabilizadora perto de Taiwan, e isso inclui aeronaves do PLA [sigla em inglês para Exército de Libertação Popular da China] voando perto de Taiwan em números recordes nos últimos meses e quase diariamente", destacou Austin.

Pequim alerta para guerra

Os comentários de Austin ocorrem um dia após o encontro dele com o ministro da Defesa chinês, general Wei Fenghe, às margens da conferência.

Na sexta-feira, Wei alertou Austin que "se alguém se atrever a separar Taiwan da China, os militares chineses não hesitarão por um momento em iniciar uma guerra, não importa o custo", informou um porta-voz do ministério da Defesa chinês.

Wei também disse que Pequim "esmagará de forma determinada" qualquer tentativa de independência da ilha, destacou o ministério.

Na reunião, o secretário de Defesa dos EUA disse ao seu homólogo chinês que Pequim deveria "abster-se" de qualquer ação desestabilizadora contra a ilha de Taiwan, divulgou o Pentágono.

O encontro entre Wei Fenghe e Lloyd Austin ocorreu algumas semanas após a incursão de 30 aviões militares chineses na Zona de Identificação de Defesa Aérea de Taiwan - a maior operação desse tipo em 2022.

Reivindicações "absurdas", diz Taiwan

O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan denunciou como "absurdas" as reivindicações de soberania da China.

"Taiwan nunca esteve sob a jurisdição do governo chinês, e o povo de Taiwan não vai sucumbir às ameaças de força do governo chinês", disse a porta-voz do ministério, Joanne Ou.

Austin disse que a política dos Estados Unidos em relação a Taiwan é permanecer contrária a "qualquer mudança unilateral no status quo de ambos os lados".

"Nossa política não mudou. Mas, infelizmente, isso não parece ser verdade para a RPC", disse, usando a sigla para se referir à República Popular da China.

"Continuamos focados em manter a paz, a estabilidade e o status quo em todo o Estreito de Taiwan. Mas as medidas da RPC ameaçam minar a segurança, a estabilidade e a prosperidade no Indo-Pacífico".

Segundo ele, os EUA farão a sua parte "para gerenciar essas tensões com responsabilidade, para evitar conflitos e buscar a paz e a prosperidade".

Tensões EUA-China sobre Taiwan

Washington tem uma política de longa data de ambiguidade estratégica sobre se defenderia Taiwan militarmente. Mas, no mês passado, em visita ao Japão, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que os EUA interviriam se Pequim usasse a força contra a ilha.

Quando questionado se os EUA usariam força militar, Biden respondeu que "sim". "Esse é o compromisso que assumimos", afirmou o presidente americano.

A Casa Branca, posteriormente, apressou-se em esclarecer que a política dos EUA sobre o assunto não havia mudado.

Neste sábado, Austin também disse que Washington continua comprometido com a "política de uma só China", pela qual os EUA apenas reconhecem formalmente Pequim, mas mantêm relações informais e laços de defesa com Taipei.

Ele disse que os EUA estão "firmemente por trás do princípio de que as diferenças através do Estreito devem ser resolvidas por meios pacíficos", mas também que os EUA continuarão a cumprir seus compromissos com Taiwan.

"Isso inclui ajudar Taiwan a manter capacidade suficiente de autodefesa", disse ele. "E isso significa manter nossa própria capacidade de resistir a qualquer uso de força ou outras formas de coerção que coloquem em risco a segurança ou o sistema social ou econômico do povo de Taiwan".

A questão taiwanesa

A China considera a ilha de Taiwan (ou Formosa) como parte do seu território, na forma de uma província dissidente. Já o governo de Taiwan, ou oficialmente República da China, vê-se como um Estado soberano, com constituição, forças armadas, moeda e eleições democráticas.

Nos últimos anos, Pequim intensificou suas provocações militares contra Taiwancom o objetivo de fazer com que a ilha aceite se unificar à China comunista.

Sob a política de uma China, os EUA reconhecem Pequim como o governo do país e não mantêm relações diplomáticas com Taiwan. No entanto, Washington mantém contatos não oficiais com a ilha, incluindo uma embaixada de facto em Taipei, a capital, e fornece equipamentos militares para a defesa do território.

A Lei de Relações com Taiwan de 1979, que regula as relações entre os EUA e a ilha, não requer que Washington aja militarmente para defender Taiwan de uma eventual invasão chinesa, mas garanta que o território tenha os recursos para se defender e evite qualquer mudança unilateral do status de Taiwan por Pequim.

(AP, AFP, Reuters, ots)