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Alexandre Loureiro/COB
Alexandre Loureiro/COB

A canoagem é mais uma modalidade dos Jogos Olímpicos que é fruto de uma prática milenar, já que se trata de um meio de transporte existente desde os primórdios da civilização mundial, seja para pesca, transporte ou até fins bélicos. O status de esporte, de fato, só viria a ser atribuído em meados de 1840, quando o escocês John McGregor construiu uma canoa diferente, que viria a se tornar uma primeira versão do denominado caiaque.

Em Londres, também no Reino Unido, seria criado o Royal Canoe Club, fundado em 1865 como o primeiro clube de canoagem da história. A Federação Internacional de Canoagem, contudo, seria criada quase 60 anos depois, em 1924. Dada a lenta popularização do esporte, a canoagem só passaria a fazer parte dos Jogos Olímpicos em 1936, na edição de Berlim, na Alemanha. Desde então, jamais saiu do quadro de modalidades olímpicas.

Canoagem de velocidade x slalom

Atualmente, a canoagem divide-se em duas modalidades distintas nas Olimpíadas, embora ambas sejam praticadas tanto em caiaques (K), nos quais os atletas remam sentados, quanto em canoas (C), nas quais os atletas remam com um joelho apoiado na superfície da mesma e a outra perna flexionada, servindo de apoio. 

O primeiro tipo de canoagem a integrar o rol olímpico foi a de velocidade, disputada em águas calmas com nove raias retas, demarcadas nas distâncias de 200, 500 e 1.000 metros. O número de competidores varia entre, um, dois e quatro (K1, K2, K4, C1, C2, C4), vencendo aquele que cruzar a linha de chegada primeiro. 

A radical canoagem slalom, por sua vez, foi inserida nos Jogos Olímpicos apenas em 1972, em Munique, na Alemanha. Ela é realizada em águas agitadas, com percursos específicos que obrigam os competidores a passarem por diversos pontos antes de concluir a prova. Esta, porém, conta apenas com categorias individuais e duplas (K1, C1 e C2), e o vencedor é aquele que completar o percurso em menos tempo.

Força alemã 

Na canoagem de velocidade, quem domina o quadro de medalhas é a Alemanha, que na Rio 2016 subiu nada menos que sete vezes ao pódio. Dentre os maiores nomes da modalidade, destaca-se o de Brigit Fischer, alemã 27 vezes campeã mundial, que também faturou nada menos que 12 medalhas olímpicas (oito ouros e quatro pratas) em seis edições entre 1980 e 2004.

Já na canoagem slalom, quem lidera o quadro de medalhas é a França, com um total de 19 pódios desde que a modalidade entrou para as Olimpíadas. Os atletas que mais medalhas somam na história, por sua vez, são os irmãos eslovacos Peter e Pavol Hochschorner, três vezes ouro e uma bronze na categoria C2. Os números são menos expressivos pela quantidade menor de provas de slalom existentes.

Uma potência em ascensão?

O Brasil pode não ter a mesma tradição que as seleções europeias na canoagem, mas tem motivos de sobra para acreditar na evolução da modalidade no país. Muito disso se deve às conquistas de um atleta especial: o baiano Isaquias Queiroz, responsável por conquistar as primeiras medalhas brasileiras na história da canoagem de velocidade olímpica. 

Na Rio 2016, foram duas pratas e um bronze para o canoísta de 27 anos de idade, que se prepara para sua segunda edição de Jogos Olímpicos, em Tóquio. No Japão, o Brasil também será representado por Erlon de Souza, companheiro de Isaquias na categoria C2 100m. Na canoagem slalom, por sua vez, os representantes serão Ana Sátila (C1 e K1 feminino) e Pedro Henrique Gonçalves (K1 masculino).