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A Albânia está localizada nos Bálcãs, cercada ao sul pela Grécia, a leste por Macedônia do Norte e Kôsovo, ao norte por Montenegro e a oeste pelo Mar Adriático, a poucas milhas marítimas do calcanhar da bota, do sul da Itália. Tem 28.748 quilômetros quadrados. Ou seja, é do tamanho de nosso estado de Alagoas. São 2 milhões e 800 mil habitantes. E que povo habita esse espaço? Eslavos? Não. Gregos? Também não. Turcos? Não. São albaneses, parece óbvio, mas eles se dizem o povo balcânico primordial! Descendentes diretos do Ilírios, povo que ocupou aquele espaço balcânico há pouco mais de 2 mil e 200 anos. E nesse tempo todo, de lá para cá, teve seu território invadido, ocupado e explorado como pouco se viu na história das nações europeias. Do século I antes de Cristo até o início do recente século 20, a Albânia teve apenas 35 anos de independência. Foi de 1443 a 1478, quando se revoltou contra o Império Otomano. E a que se deve esse drástico histórico milenar? Olhem no mapa. A Albânia era o caminho mais curto entre o Império Romano e o Oriente, sempre um caminho mais curto entre um lado e outro. E nenhum dos povos invasores se identificava étnica e culturalmente com os albaneses, nem mesmo os gregos e os eslavos, seus vizinhos mais próximos. Essa vida de submissão forçada aos vizinhos faz parte da história e da cultura albanesa. Vamos abordar esse aspecto e muitos outros tentando explicar a fama de país isolado.

O programa “A Europa de Lá” vai ao ar na Cultura FM às quintas-feiras no horário das 23h, e aos sábados às 9 da manhã.

A Europa de Lá – Música e Cultura do Leste Europeu em episódios semanais.
Apresentação: Katia Gavranich Camargo.
Gravação e montagem: Marcelo Nascimento.
Estágio em Produção: Cleison Belarmino.
Supervisão: Chico Carvalho