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Esta é a vantagem das histórias perdidas no passado e revividas pela voz de um narrador. Quando o tempo se encarrega de dar aos fatos a doce melodia da memória, podemos então contar tudo o que se passou da forma que bem quisermos, surrupiando trechos inteiros, acrescentando cenários inexistentes. Inventar exclamações onde antes não havia, estender compassos para além do acorde final, tudo isso é permitido se o objetivo primeiro e último é satisfazer a imaginação dos ouvintes. Ah, a imaginação, esse músculo invisível que pouco ou nada se presta a separar o que é verdadeiro daquilo que é inventado. Somos todos seres feitos de histórias e por elas vivemos, sempre ansiosos para ouvir o próximo capítulo, sempre adiando o ponto último que decreta o epílogo de nossos dias. Era Uma vez, três pontinhos...
Neste capítulo, vamos acompanhar a história de uma jovem e virtuosa moça chamada Helena que fará de tudo para conquistar o seu amor, o conde de Roussilon. Ambos foram criados debaixo do mesmo teto, sob a tutela da condessa de Roussilon. Ele, um filho legítimo de sua casa, ela, uma agregada à família. Criados como irmãos, o amor veio para romper esse laço parental e criar um abismo de angústias e ansiedades entre os jovens.
Shakespeare é o grande decifrador da alma humana. Seja na Inglaterra elisabetana ou no Brasil de hoje, ele permanece sempre vivo, bastante próximo a cada um de nós. Um programa que mistura palavras e sons, paisagens sonoras e músicas, tudo para fazer ecoar o maior poeta e dramaturgo de todos os tempos.
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