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No programa anterior, começamos nossa viagem olhando para o iê iê iê e como o rock era traduzido por aqui antes e durante o estouro da Jovem Guarda. Neste episódio de Caixa Acústica, a gente avança um pouco no tempo e a trilha será ao melhor estilo “Roquenrrol”, que começou a ser produzido no final dos anos 60, ganhou força para decolar durante os anos 70, tendo como epicentro o terreno fértil do bairro da Pompéia, zona oeste da cidade de São Paulo e foi se espalhando por outros cantos do país. Talvez na tentativa de se desvencilhar daquela trupe caretinha da Jovem Guarda, essa turma deixou o cabelo crescer, adotou um visual na estética britânica do Glam Rock e a sonoridade mais pesada do gênero.
Para começar essa edição não poderíamos ter outra pessoa. Ninguém melhor que Rita Lee fazendo as vezes de anfitriã no gênero em que ela reina absoluta.
Com um pé nos Mutantes e outro já perigando ser posto para fora, Rita gravou dois discos que são creditados em sua carreira solo, mas mantém o trabalho com os irmãos Dias Batista; o “Build Up” que tem a produção do Arnaldo e o “Hoje é o Primeiro Dia do Resto de Sua Vida”, que é, na prática, um disco dos Mutantes com composições dos três conjuntamente e produção também de Arnaldo junto com o maestro Rogério Duprat. Rita iniciou também à época um projeto de Folk Rock ao lado da guitarrista Lúcia Turnball, batizado de As Cilibrinas do Éden, momento em que, buscando um formato que agradasse a gravadora, foram procurando uma banda que pudesse se juntar a elas. Encontraram uma tal de “Lisergia” que se transformaria no Tutti Frutti e seguiria com Rita por quatro anos e quatro discos.
Outras bandas que moldaram o som dessa época estão a Casa das Máquinas, Made in Brazil, A Bolha, Bixo da Seda, Serguei e o rock rural de Sá, Rodrix e Guarabira.
No programa, depoimentos do guitarrista Luiz Carlini do Tutti Frutti, o jornalista, escritor e colecionador musical Bento Araújo e Oswaldo Vecchione, um dos fundadores da banda Made in Brazil.
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