Fundação Padre Anchieta

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Reprodução da internet
Reprodução da internet Michala Petri

Ouça o programa completo:



Michala Petri tinha apenas 10 anos, em 1968, quando estreou como solista com Orquestra na Sala Tivoli, em Copenhague, Dinamarca. Estudou na Alemanha nos 7 anos seguintes. Aos 17 conquistou fama internacional da noite para o dia, ao introduzir a flauta doce nas salas de concerto do planeta. O instrumento era, modernamente, usado apenas como iniciação musical para crianças. De lá para cá, foram mais de 5 mil concertos em todos os continentes, quase smepre com seu parceiro, o violonista e alaudista Lars Hannibal. No repertório, não só o barroco, mas o clássico e o romantismo. Seu pioneirismo levou-a a se apresentar com Neville Marriner, Claudio Abbado, o flautista James Galway, o violinista Gidon Kremer – sem contar o pianista de jazz Keith Jarrett, com quem gravou dois álbuns memoráveis: um com as sonatas de Haendel, outro com as de Bach, Jarrett sempre pilotando um cravo – o primeiro em 1991 e o segundo no ano seguinte.

Contei esta história magnífica porque Michala acaba de lançar um álbum intitulado “Corellimania” – o CD desta semana na cultura FM. E se o nome do barroco italiano cultor da trio-sonata Arcangelo Corelli (1655-1713) está em destaque, é porque ele foi um pioneiro na prática de um estilo musical que se revelou dominante na música instrumental do século 18. Sua maneira de organizar pensamentos musicais em frases e motivos é fundamentalmente derivado das capacidades expressivas de seu instrumento preferencial, o violino. Certos padrões melódicos usados para modular e efetuar sequências derivam basicamente de especificidades das técnicas do violino que amplificam um instrumento que se originou principalmente na música de dança. Corelli era famoso por sua capacidade de a voz humana cantada e falada. Esta tensão entre técnicas idiomáticas instrumentais e a evocação da voz é a característica definidora do estilo de Corelli ao longo de todas as suas obras sobreviventes e estabeleceria a “Escola Romana” como a medida suprema do gosto musical durante gerações.

Daí o título do álbum “Corellimania”. Bach, Haendel, Telemann, foram todos influenciados por ele. Ouvir este álbum na íntegra nos leva a reavaliar melhor a qualidade de invenção da música de Corelli.