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Villa-Lobos conheceu Darius Milhaud no Rio de Janeiro em 1917. Villa levou o colega francês às rodas de choro e aos ensaios de carnaval. Milhaud o apresentou a Arthur Rubinstein, que passava pelo Rio. O pianista polonês abraçou a causa de Villa: passou a promover suas músicas e a intermediar financiamentos ao compositor. Também, junto à cantora Vera Janacopolus, o apresentou ao editor Max Eschig, da França.
Com apoio do mecenas Carlos Guinle e da Câmara dos Deputados, Villa-Lobos partiu para Paris em julho de 1923. Finalmente, a 30 de maio de 1924, Villa realiza na capital francesa um concerto totalmente dedicado a obras de sua autoria. Há cem anos, Villa-Lobos se apresentava pela primeira vez fora do Brasil.
“Esta passagem por Paris foi fundamental para a vida e obra de Villa-Lobos. Não fosse essa experiência, ele certamente não teria composto muitas de suas obras e tantas outras teriam surgido completamente diferentes. Isso porque lá ele recebeu influências marcantes. Além disso, ele também não teria tido a projeção internacional que se mantém até hoje”, esclarece o maestro.
Nesta audição, Galindo destaca três peças do concerto centenário: A Prolê do Bebê n. 1, os Epigramas Irônicos e Sentimentais, o Nonetto e o Quarteto Simbólico.
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