Ouça a reportagem de Cirley Ribeiro.
Artistas de gerações distintas, Lorenzato (1900 -1995) e Bruno Faria (1981) lançam seus olhares para a paisagem. E está nesse importante e tradicional gênero da pintura, o ponto que une as obras do mineiro e do pernambucano na exposição Horizontes: Lorenzato e Bruno Faria. A mostra entra em cartaz nesta quarta (21) no site da Galeria Marília Razuk, de São Paulo, inaugurando parceria inédita com a mineira Periscópio. As duas galerias representam o pernambucano Bruno Faria, idealizador deste encontro com paisagens de Amadeu Lorenzato.
Ao colocar os dois artistas em diálogo, a mostra Horizontes apresenta ao espectador duas poéticas. E, cada uma à sua maneira, mantém o enigma da paisagem que se apaga, mas que também resiste. Enquanto Lorenzato representava a realidade mineira cotidiana, utilizando cores essenciais e as técnicas herdadas do ofício de pintor de paredes, Bruno Faria afasta-se da linguagem tradicional da pintura para uma aproximação conceitual. Na série Lembranças de Paisagem, o artista garimpa em feiras de antiguidade flâmulas/bandeiras produzidas nas décadas de 1960 e 1970, que trazem imagens de paisagens correspondentes ao imaginário de cidades brasileiras. Vistas na época como
souvenirs, cartões-postais ganham a intervenção de Faria por meio da pintura, retirando os textos e deixando apenas a imagem da paisagem de cada cidade.
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