Ouça a reportagem de Cirley Ribeiro

A Galeria Lume inaugura neste sábado (24) a exposição ‘Vamos chamar o vento’, do artista plástico paraense Osvaldo Gaia. O escultor e pintor exalta a vida ribeirinha, a força do vento e os saberes dos povos que vivem às margens de rios pelo Brasil. O título é inspirado na canção Vento, de Dorival Caymmi.

Na exposição, Gaia apresenta vários trabalhos que remetem à luta do homem ribeirinho pela sobrevivência, com suas descobertas e invenções, como na série de esculturas e objetos pensada e criada com os temas asas, velas e abanos.

Nascido em Belém do Pará, em 1961, Osvaldo Gaia passou a infância entre pescadores tecendo redes, jogando linhas com anzol no mar e trançando cordas em barcos. Essas atividades despertaram o espírito construtor do artista, que transita entre o desenho, a pintura, a escultura e a instalação. Dos saberes ribeirinhos e das águas vêm as cores e texturas trabalhadas na construção poética do artista.

As pesquisas e experimentações no universo amazônico levantam questões sociais, econômicas e relacionadas a origens, fluxos e identidades. “Meu trabalho sempre vem com a missão de revelar, às vezes denunciar, e mostrar a importância desse universo. A sobrevivência na Amazônia depende de fenômenos como enchentes, vazante das marés e do próprio vento. Aí a gente percebe como a arte é importante para revelar sua essência verdadeira”, afirma Osvaldo Gaia. ‘Vamos chamar o vento’ terá visitação presencial, que precisa ser agendada, e pelo site da Galeria Lume.

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