Ouça a coluna musical de João Marcos Coelho completa:
Nascida na Holanda, em 1902, Antonia Brico foi levada para os Estados Unidos por pais adotivos, onde permaneceu até a morte, em 3 de agosto de 1989. A história dela com a música começou com um piano encontrado no lixo, e foi além do teclado.
No início do século 20, Brico furou a barreira de um mercado dominado por homens e tornou-se a primeira mulher a reger a Filarmônica de Berlim, em 1930. Oito anos depois também foi a primeira a reger a Filarmônica de Nova York. “Não fosse ela, não teríamos uma Marin Alsop, que foi titular na Orquestra de Baltimore e da Osesp por mais de uma década”, afirma o crítico musical João Marcos Coelho. Ele também cita grandes talentos da regência feminina que vêm despontando, como a lituana Mirga Grazynité-Tyla e a mexicana Alonda de la Parra.
A trajetória da maestrina já foi retratada no cinema em dois filmes: Antonia: a Portrait of the Woman, documentário de 1974 produzido pela cantora folk Judy Collins e indicado ao Oscar. E, mais recentemente, em The Conductor, ainda inédito no Brasil, com roteiro e direção de Maria Peters. A cineasta holandesa também é autora de Antonia – uma Sinfonia, recém-lançado no Brasil pela Planeta. “São 250 páginas que você lê voando, numa sentada só”, avisa João Marcos Coelho.
O programa "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 FM, de segunda à sexta-feira, às 10h da manhã, na Cultura FM, Cultura Brasil e no aplicativo Cultura Digital.
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