Celebrado todos os anos em 21 de maio, o Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento celebra a riqueza das diferentes culturas. A data instituída pela Unesco e declarada pela Organização das Nações Unidas também destaca o significado da diversidade como agente de inclusão e de mudança global positiva. Neste ano, 45 emissoras de várias partes do mundo integram uma rede de rádios da EBU (União Europeia de Radiodifusão) para promover o potencial criativo e as múltiplas manifestações culturais. A Cultura FM, parceira da EBU, integra essa programação.
O Estação Cultura abriu espaço para a diversidade cultural neste 21 de maio, dando voz a diferentes personagens, histórias e reflexões.
A apresentadora Teca Lima entrevistou a professora e pesquisadora Ana Laura Gamboggi Taddei, doutora em Antropologia Cultural e pós-doutora pelo Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília, entre outros títulos.
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A repórter Cirley Ribeiro lembrou a trajetória de Abdias do Nascimento, que atuou em múltiplas frentes para valorizar a cultura negra. O artista, dramaturgo, professor, homem público e ativista escolheu a luta contra o racismo como missão de vida. Ele foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2010, um ano antes de morrer, em 23 de maio de 2011. Abdias do Nascimento simboliza a luta pela diversidade cultural no Brasil, e recebe homenagem do Itaú Cultural pelos 10 anos de morte.
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O redator Danilo Dainezi ouviu diferentes artistas sobre o que consideram diversidade cultural. A atriz e diretora Fernanda Silva conduz há mais de 20 anos o Grupo de Teatro Metáfora, em Parnaíba, no litoral do Piauí. Ela é uma mulher trans, e atuou na performance “Involuntários da Pátria”, inspirada em textos do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, que rodou o país em diversos festivais.
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Compositora, instrumentista, escritora e apresentadora, Giovana Maira iniciou os estudos de piano aos 3 anos de idade; formou-se em canto popular no Conservatório Musical Villa-Lobos e obteve o diploma em música pela Universidade de São Paulo, com especialização em canto e arte lírica. Para Giovana, que é cega, “diversidade cultural é poder exercer sua arte livremente, ultrapassando as barreiras impostas pelo preconceito”.
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O ator, professor e Youtuber Guilherme Terreri faz sucesso na internet como a drag queen politizada Rita Von Hunty. Ele é formado em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e em Letras pela Universidade de São Paulo, e já participou de programas de TV e na internet. Terreri comenta o conceito de cultura, e fala sobre uma tendência elitista de separar o que é alta cultura e baixa cultura.
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Nascida na Aldeia Bananal, no Mato Grosso do Sul, Kali Maracaia mudou-se ainda jovem para Campo Grande, onde desenvolveu a paixão pela gastronomia. Considerada uma das primeiras chefs indígenas do Brasil, ela acredita que os governantes têm responsabilidade em promover a diversidade cultural.
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Pedro Galiza é um artista do corpo e pessoa não binária, isto é, que não se identifica com os gêneros masculino ou feminino. Os trabalhos dele misturam performance, música, dança, teatro, moda e audiovisual, e já foram expostos em instituições como Itaú Cultural, Sesc e Centro Cultural Banco do Brasil. Para Pedro Galiza, “diversidade cultural é uma maneira de sentir e se comunicar com o mundo, que se atualiza com o tempo, de acordo com as necessidades humanas”.
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O programa "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 FM, de segunda à sexta-feira, às 10h da manhã, na Cultura FM, Cultura Brasil e no aplicativo Cultura Digital.
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