Morreu na última quinta-feira, em São Paulo, o violoncelista e professor Watson Clis, aos 79 anos. Ele estava internado havia uma semana para tratamento de um câncer do pulmão.

Watson Clis foi primeiro violoncelista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e integrou a Orquestra Sinfônica Brasileira, a Orquestra Sinfônica Nacional e a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal de São Paulo. Como camerista, ele fez parte do importante Trio Brasileiro, um dos mais longevos do país - ao lado do violinista Erich Lehninger e do pianista Gilberto Tinetti.

Nascido em 1942 em em Belo Horizonte, Watson Clis iniciou os estudos do violoncelo aos 13 anos, e nos anos 1960 se mudou para o Rio de Janeiro, onde estudou com Iberê Gomes Grosso e ingressou na Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Na década seguinte, Clis foi para Buenos Aires, onde estudou com Pierre Fournier e, em seguida, viajou para Roma, onde se aperfeiçoou com Amedeo Baldovino na Accademia di Santa Cecilia.

Watson Clis também foi professor de violoncelo na Universidade Federal de Minas Gerais, na USP e na Unirio.

O jornalista e crítico musical Irineu Franco Perpétuo falou sobre a importância de Watson Clis para a música brasileira. Vamos ouvir.

Watson Clis era casado com a professora de piano Marcilda Clis, e é pai da mezzo-soprano Adriana Clis e de André Clis. Emocionada, a cantora falou sobre a sintonia que tinha com o pai.

Além da homenagem do programa Estação Cultura desta segunda-feira, hoje, às 14h, a Cultura FM apresenta uma hora de programação musical dedicado ao Trio Brasileiro e a Watson Clis.