Saiba mais sobre o musical:

A tragédia vivida por mães negras da periferia, que perdem seus filhos para a violência, é o principal tema do espetáculo em cartaz no Teatro Viradalata até domingo (26). Guerra de Papel – uma tragédia urbana musical transporta o mito de Antígona para o Brasil contemporâneo e retrata a perda, o luto e a dor de famílias periféricas. A montagem é de um grupo de jovens oriundos de um programa social em São Paulo, que em 2012 fundou a Tô em Outra Cia de Teatro.

Oito atores e quatro músicos contam a história de Antígona, mulher negra que tenta descobrir quem tirou a vida de seu filho Aramiz, morto por uma bala perdida dentro da sala de aula. Ela estampa o rosto do menino nos jornais, em camisetas e na própria janela, gritando a dor e o luto para a comunidade onde vive.

Guerra de papel – uma tragédia urbana musical é o segundo espetáculo de uma trilogia que relaciona clássicos do teatro grego com histórias da periferia. Na primeira, o grupo adaptou o mito de Orfeu e Eurídice, e agora utiliza o drama de Antígona abordar situações vividas por famílias negras no país.

O texto é de Thuane Campos e Andreza Rodrigues, com direção musical de Paulo Henrique Costa e direção geral de Jorge Alves. Mayara Tenório vive Antígona, e Thayná Rodrigues interpreta Ismênia, irmã da personagem central. O espetáculo pode ser visto de quinta (23) a sábado (25), às 21h, e no domingo (26) às 19h, presencialmente, na Rua Apinajés, 1387, ou em sessões virtuais. Os ingressos estão à venda na plataforma Sympla.

O programa "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 FM, de segunda à sexta-feira, às 10h da manhã, na Cultura FM, Cultura Brasil e no aplicativo Cultura Digital.