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Mais de 2 mil indígenas foram assassinados entre 2009 e 2019 no Brasil, segundo dados inéditos divulgados pelo Atlas da Violência 2021. Nessa década, a taxa de mortes violentas de indígenas aumentou 21,6%, saindo de 15 por 100 mil indígenas, em 2009, para 18,3, em 2019, movimento oposto ao que ocorreu com a taxa de assassinatos em geral no país, que foi de 27,2 para 21,7 por 100 mil habitantes.
O líder tupinambá Alex Barros Santos da Silva é mais um a fazer parte das estatísticas. O indígena foi morto a tiros na manhã da última quinta-feira (23), na Aldeia Indígena Tapuã, situada na Serra das Trempes, na Bahia, enquanto roçava a sua terra.
A execução ocorreu às vésperas da Caminhada em Homenagem aos Mártires Tupinambá, que relembra o massacre de indígenas ocorrido na mesma região.
O jornalista Leão Serva e diretor de Jornalismo da TV Cultura, comenta que o Brasil é o 4º país do mundo onde são mortos ambientalistas e líderes indígenas lutando pelo seu direito a terra. “A maior parte dos indígenas mortos no Brasil está na Amazônia, quando a gente houve falar de incêndios, raramente eles são casuais, a maioria das vezes eles são criminosos em áreas de disputa de terra [...]. Áreas que os invasores destroem com fogo para depois ocupar as terras desmatadas”.
Ataques de ódio contra diversas etnias indígenas vem aumentando diariamente, sobretudo após a tramitação do julgamento do Marco Temporal no Supremo Tribunal Federal (STF).
O jornalista Leão Serva fala sobre questões relacionadas aos povos indígenas todas as quintas-feiras, no programa Estação Cultura.
O programa "Estação Cultura" vai ao ar de segunda à sexta-feira, às 10h, na Cultura FM (103,3 MHz), Cultura Brasil e no aplicativo Cultura Digital.
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