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Os desmandos dos regimes ditatoriais nos países abaixo da Linha do Equador provocam grandes reflexões e dão origem a frequentes enredos no teatro e no cinema. Na coluna de Atílio Bari desta semana, o apresentador fala sobre a peça "A morte e a Donzela", do dramaturgo argentino Vladimiro Ariel Dorfman, em cartaz no Espaço Parlapatões.
Retratada em 1990, no período de transição para a democracia, a trama conta a história de um casal que sofreu na pele a repressão da ditadura chilena e convive com o trauma do medo e das represálias sofridas naquela época.
Para Bari, a peça dialoga também com as últimas ações antidemocráticas ocorridas no Brasil. Os desejos de autoritarismo observados nas atitudes do governo, a celebração do golpe de 64, as passeatas pedindo a volta do AI-5 e a facilitação do acesso a armas, são alguns dos exemplos apontados pelo apresentador.
Ele termina dizendo que o espetáculo “é uma boa pedida para quem deseja conhecer um pouco mais sobre a nossa sofrida latinoamérica”.
Idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona da TV Cultura, Atílio Bari participa do Estação Cultura todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e também assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.
O programa "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 10h da manhã pela Cultura FM – 103,3Mhz, Cultura Brasil e no aplicativo Cultura Digital.
*Estagiário sob supervisão da profissional habilitada Cirley Ribeiro - MTB: 832/SC
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