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Jô Soares foi um dos grandes pensadores do país; um homem de teatro, de televisão, de literatura e de comunicação. “Eram tantos os predicados do Jô”, afirma o ator Cássio Scapin, que foi dirigido por ele em O Libertino, de Eric-Emmanuel Schmitt, em 2012. Ao lamentar a perda do amigo, Scapin definiu Jô Soares como “um lugar onde a cultura floresceu e persistiu, onde a discussão era salutar e o pensamento era importante”.

A morte do humorista, aos 84 anos, na madrugada desta sexta (05), repercutiu entre artistas e profissionais de diferentes áreas. O também ator Carlos Moreno trabalhou com Jô em 1983, no quadro Rádio Alvorada, do programa Viva o Gordo, ao lado do também humorista Paulo Silvino. “Foi um ano de muito aprendizado; ver como ele atuava era inspirador, pela maneira como ele se relacionava com as pessoas. Talentoso também como entrevistador, ator, diretor (...), era um artista completo”, conclui Moreno.

Jô Soares Interpretou dezenas de personagens, criou bordões, comandou talk shows, participou de filmes como O Homem do Sputnik, dirigido por Carlos Manga, e escreveu uma dezena de livros, dentre os mais populares O Xangô de Baker Street, de 1995, que virou filme, e O Homem que Matou Getúlio Vargas, de 1998.

O humorista se preparava para retornar ao teatro em setembro com a peça de À Meia Luz.

O programa "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 FM e 77.9 FM estendida, de segunda a sexta-feira, às 10h. O programa é transmitido também na Rádio Cultura Brasil AM 1200 e no aplicativo Cultura Digital.