Ouça a coluna de Atílio Bari!
Na coluna desta quarta-feira (13), Atílio Bari compara os maiores índices de criminalidade do Brasil com escândalos de corrupção e nepotismo nos estados mais perigosos do país. É o caso do Pará, o quinto colocado no índice, que possui nove familiares do governador Helder Barbalho (MDB) no Tribunal de Contas, um primo no Tribunal de Justiça e mais oito parentes trabalhando no gabinete do chefe do estado.
Atílio analisa também o histórico desse nepotismo enraizado na cultura brasileira desde o colonialismo europeu: “O familismo nas mais diversas esferas do poder e os favorecimentos já começam na carta de Pero Vaz de Caminha avisando ao Rei D. Manuel sobre o achamento, como ele diz, destas terras que habitamos. Lá pelo finalzinho, ele faz os devidos rapapés à Alteza portuguesa, e pede que interceda por um cunhado que estava em má situação.”
O colunista relaciona esses e outros casos de corrupção à música ‘Tradição’, de Gilberto Gil: “A barbalhice, o barbalhismo, ou seja lá que nome se possa dar, corre solta no estado. A garota do Barbalho do Gilberto Gil era uma garota do barulho, como diz a letra da sua canção chamada Tradição. Mas esses barbalhões são mais do silêncio, (...) aproveitando recursos públicos em benefício próprio, no máximo, ou em benefício dos próximos.
Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.
O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e 77.9 FM estendida, de segunda a sexta-feira, às 10h. O programa é transmitido também na Rádio Cultura Brasil AM 1200 e no aplicativo Cultura Play.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Cirley Ribeiro – MTB 832/SC
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