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Foto: Divulgação Sônia Rubinsky e Teca Lima no Estúdio do Estação Cultura

Ouça a entrevista com Sônia Rubinsky! 


Comemorar o Dia Nacional da Música Clássica é uma boa oportunidade para enfatizar que “música realmente é ouvido, é ouvir”. A opinião é da pianista Sônia Rubinsky, em entrevista ao Estação Cultura, ao vivo, nesta terça-feira (05). A artista ressaltou a importância do “ouvir” ao citar o contexto das redes sociais, mais disperso e fragmentado com a visão. “Mas quando a gente fecha os olhos, realmente a gente deixa a música entrar na nossa alma. E isso é a beleza da música”, conclui.

Vencedora do Grammy Latino, além de outras premiações, Sônia Rubinsky desenvolve uma sólida carreira internacional, com apresentações regulares nos Estados Unidos, Europa, Brasil e Israel. Aclamada pela crítica do jornal The New York Times como uma das melhores pianistas de sua geração, ela é admirada pela gravação da obra integral de Heitor Villa-Lobos (1887-1959) para piano solo.

Ao logo da entrevista, Rubinsky falou sobre os principais desafios do projeto que resultou na coleção de oito álbuns com a obra de Villa-Lobos, lançada pela Naxos, e que deu a ela o Grammy Latino pelo volume VIII como melhor gravação do ano, em 2009. Segundo a pianista, a missão envolveu anos de trabalho, uma série de desafios e muitos benefícios. Ela aponta a descoberta da “assinatura do compositor”, após muito tempo envolvido em pesquisa, estudo e performance, resultando em maior segurança no momento da interpretação. Sônia Rubinsky ainda cita a escrita muito exuberante de Villa-Lobos para piano, com uma profusão de elementos que ele gostava de justapor, tornando a escrita dele complexa e difícil para muitos pianistas.

Além de Heitor Villa-Lobos, cuja data de nascimento (05 de março) foi instituída como o Dia Nacional da Música Clássica, outro compositor brasileiro foi importante na trajetória de Sônia Rubinsky: Almeida Prado (1943-2010). Ela comenta a gravação da obra para piano e orquestra do compositor com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sob regência do maestro Fábio Mechetti, para a série Brasil em Concerto, parceria do Ministério das Relações Exteriores e o selo Naxos. Como destaque, o Concerto Fribourgeois, que ela considera “um diálogo com Bach, revisto pela sensibilidade do século XX”.

A pianista brasileira, que vive na França desde 2002, acaba de gravar um álbum dedicado a Almeida Prado ao lado do violinista e maestro Emmanuele Baldini e o violoncelista Rafael Cesário, ainda sem data de lançamento. O mais recente álbum de Sônia Rubinsky é Goldfingers, de dezembro de 2023, em que homenageia os grandes pianistas do final do século XIX e início do século XX. O disco está disponível nas plataformas de streaming. Outros trabalhos também podem ser conferidos no canal de Sônia Rubinsky no Youtube.

O programa "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 FM e 77.9 FM estendida, de segunda a sexta-feira, às 10h. O programa é transmitido também na Rádio Cultura Brasil AM 1200 e no aplicativo Cultura Play.