Ouça a entrevista completa com Patrícia Teixeira, diretora do espetáculo!
O espetáculo “Um tempo chamado Yayá” narra a história real de Sebastiana Mello Freire, a Dona Yayá, herdeira de uma família aristocrática paulista que foi confinada na própria casa durante décadas por problemas psiquiátricos.
A montagem estreia nesta sexta-feira (11), na Casa de Cultura Dona Yayá, na região da Bela Vista, e terá sessões no Teatro Paulo Eiró (a partir de 29 de novembro) e no Centro de Atenção Psicossocial Itapeva (21 de novembro). A Cia. Coexistir de Teatro mergulha em temas como saúde mental e estigmas de gênero no texto de Patrícia Teixeira, que também dirige a encenação.
Dona Yayá nasceu em 21 de janeiro de 1887. Ficou órfã aos 13 anos, e teve o senador Manuel Joaquim de Albuquerque Lins como tutor. Em 1919 chegou a ser internada em um hospital psiquiátrico, para depois receber tratamento em casa, onde viveu reclusa até a morte, em 1961.
Em “Um tempo chamado Yayá” o elenco percorre os cômodos do antigo casarão junto com o público, estabelecendo conexões entre o passado da personagem e questões ainda atuais, como a luta por uma sociedade sem manicômios e a violência contra a mulher. Segundo a diretora Patrícia Teixeira, entrar em contato com a história de Dona Yayá é debruçar-se de forma crítica, cuidadosa e atenta sobre o que foi feito de fato com essa mulher “que não queria se casar, tinha automóvel, andava a cavalo, apoiava os artistas, ajudava os desvalidos e viajava para a Europa antes de ser interditada”.
O programa "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 FM e 77.9 FM estendida, de segunda a sexta-feira, às 10h. O programa é transmitido também no aplicativo Cultura Play.
REDES SOCIAIS