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Um dos mais importantes compositores de ópera de todos os tempos, Giuseppe Verdi iniciou e concluiu sua longa carreira musical escrevendo obras sacras. Em 1825, quando contava 12 aos de idade, Verdi iniciou os estudos com Ferdinando Provesi, mestre de coro e organista da Igreja de São Bartolomeu.
O menino foi aprendendo o ofício musical do modo mais prático possível, ajudando o seu mestre nas várias tarefas exigidas pela paróquia.Seu trabalho como copista ajudou na aprendizagem das particularidades das vozes e dos instrumentos, assim como também das formas musicais.
Em pouco tempo, o jovem Verdi já estava às voltas com a orquestração, instrumentando as obras que seu mestre Provesi conseguia apenas esboçar, por absoluta falta de tempo. O menino participava também das apresentações, tocando ao órgão as partes de contínuo.
Quando esses anos de estudo chegaram ao fim, em 1829, Verdi já havia adquirido as principais ferramentas para o seu trabalho criativo. A colaboração de Verdi com seu mestre Provesi, na complementação de obras e instrumentação das mesmas, continuou até 1832.
Nesse ano o jovem músico mudou-se para Milão, para aperfeiçoar os conhecimentos com Vincenzo Lavigna, que foi professor de solfejo do Conservatório e durante trinta anos Maestro al Cembalo do Teatro La Scala.
Os estudos com Lavigna, de 1832 a 1839, representam o segundo período da vida musical de Verdi. O contato que teve com o mundo da ópera, eliminou por completo a perspectiva de continuar a trabalhar como organista e mestre de coro.
As obras sacras que produziu em Milão revelam forte influência da música de Rossini, com reminiscência dos estilos de Haydn e Mozart. Alguns documentos de época relatam que o clero tentava evitar que música dessa natureza fosse executada durante os serviços religiosos.
O estilo musical em moda era considerado teatral, lascivo, belicoso e indecente, ao qual faltava o contraponto verdadeiramente saudável. E de fato, os compositores preocupavam-se bem pouco com o significado mais profundo dos textos musicados.
A relação entre as palavras e a música era quase sempre ignorada.
Um programa dedicado à música sacra que não faz distinção de credo ou de período estético, da música antiga à contemporânea. Ecumênico na acepção plena da palavra, o programa contempla compositores das mais diversas épocas, nacionalidades e credos religiosos.
"Laudate Dominum" está no ar desde 1989 e é apresentado pelo pianista e compositor Amaral Vieira.
"Laudate Dominum" vai ao ar domingo, às 9h, com reapresentação na terça-feira, às 23h00, na Cultura FM (103,3).
Produção: Bruno Lombizani
Estágio em produção: Cleison Belarmino
Trabalhos técnicos: Wagner Freitas
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