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Hoje completamos nosso passeio de descoberta da música do compositor austro-húngaro Franz Schmidt, que nasceu em 1874 e morreu em 1939.
Ele foi violoncelista na Filarmônica de Viena sob a batuta de Gustav Mahler por uma década e absorveu de modo admirável as lições de orquestração de mestres como Hindemith, Brucker, Mahler e Alban Berg.
O maestro estoniano Paavo Järvi, de 49 anos, acaba de lançar um álbum duplo com suas quatro sinfonias – um gesto de descoberta e resgate, porque o compositor, embora não assumindo uma postura nazista, permanecem trabalhando em Viena sob o governo nazista.
Como bem disse Paavo em entrevista recente, morar e trabalhar num país que tem um governo fascista não significa que você seja necessariamente fascista. Questão difícil. Mas deixemos de lado a ideologia, e passemos à música. No programa de hoje, vamos ouvir sua terceira sinfonia em lá maior, composta e estreada em 1928.
Uma obra ensolarada, que demonstra afinidades com as sinfonias de outro Franz, o Franz Schubert.
Apesar desta conexão com a sensibilidade de um compositor das décadas iniciais do século 19, Schmidt demonstra aqui harmonias bastante avançadas.
A obra desfrutou de certa popularidade nos anos seguintes à estreia. Detalhe: a partir desta sinfonia, Schmidt passa a usar as indicações de andamentos em italiano.
O programa "O Que Há de Novo", com apresentação de João Marcos Coelho, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 FM, às Quartas, 23h15h com reapresentação aos Sábado, 19h, na Cultura FM e no aplicativo Cultura Digital.
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