Ouça 'O Que Há de Novo' na íntegra:
Nenhum compositor foi mais amado por públicos de todo o mundo e ao mesmo tempo tão massacrado pela crítica
como Sergei Rachmaninov, nascido em 1873 e morto em 1943.
É o caso mais flagrante de descompasso entre uma péssima recepção crítica e um formidável sucesso público.
Tamanho preconceito deve-se ao fato de que sua música parece deslocada de seu tempo.
Em sua maior parte composta no século 20, ela pertence, por sua estética e sua fatura, ao século 19.
É esta, provavelmente, a razão da hostilidade de músicos e compositores que realizavam,
nas primeiras décadas do século 20, uma revolução radical nas técnicas musicais.
Mas não deixa de ser curioso que um homem moderno como Sergei Rachmaninov – louco por automóveis,
fanático por cinema e aviação – tenha construído uma imagem artística tão ligada ao passado.
Vai rolar muita discussão e debate durante 2023 em torno disso.
Acima do equador, onde as temporadas de concertos começam em agosto/setembro, já foi dada a largada
nas comemorações dos 150 anos de seu nascimento, em 1873, e – efeméride menor – os 80 anos de sua morte, em 1943.
Durante os próximos meses, você vai ouvir falar muito dele.
E principalmente ouvir sua música, que lota teatros e salas de concerto e é constantemente gravada no mundo inteiro.
Por um motivo simples: é amada pelo público.
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